Sardenberg na Anatel deve “continuar perseguição” às rádios comunitárias
O diplomata Ronaldo Sardenberg tomou posse na tarde de ontem na presidência da Anatel. Ex-embaixador do Brasil nas Nações Unidas e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Fernando Henrique Cardoso, ele irá liderar os trabalhos da autarquia que tem
Publicado 02/07/2007 18:12
Joaquim Carvalho, coordenador jurídico da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), faz uma avaliação de que a indicação deve significar não apenas a manutenção da política do governo para o setor, mas sua intensificação. Ele chega a essa conclusão retomando a trajetória do diplomata.
“Sardenberg vem do governo Fernando Henrique que foi altamente prejudicial a classe dos trabalhadores e ao movimento das rádios comunitárias. Sua prática em relação a como se conduziu a questão de Alcântara não deixa dúvidas de que lado ele está. Não ao lado do Brasil e dos brasileiros. Então dificilmente ele vai consiga desenvolver algo dentro da Anatel que atenda ao movimento de radiodifusão comunitária. Vai continuar a perseguição e cada vez mais forte”.
Em 2000, Sardenberg foi responsável por firmar acordo com os Estados Unidos para o uso para lançamento de foguetes da Base militar de Alcântara. O aluguel – estimado inicialmente em US$ 30 milhões mensais – dá direito exclusivo ao governo norte-americano, desobrigatoriedade alfandegária, entre outras coisas. O “acordo Sardenberg”, como ficou conhecido, foi criticado por setores das Forças Armadas, que o acusaram de ferir a soberania e a integridade territorial brasileiras.
De Brasília,
Mônica Simioni