ONU promete apoio à integração de África
A Secretária-Geral adjunta das Nações Unidas, Asha-Rose Migiro, prometeu nesta segunda-feira, em Accra, Gana, o apoio da organização aos esforços de África para a sua total integração política e econômica, sublinhando que o centro de interesse da Nona Cúp
Publicado 02/07/2007 14:25
“As Nações Unidas apoiam de longa data a integração regional na África. Continuamos determinados em apoiar este processo”, afirmou Asha-Rose, primeira africana a pronunciar-se em uma Cúpula da UA em nome da ONU, diante de 40 chefes de Estado e de governo que participam neste encontro consagrado às perspectivas da criação de um governo federal destinado a acelerar a integração total do continente.
A antiga ministra dos Negócios Estrangeiros da Tanzânia, que assumiu a função de Secretária-Geral adjunta da ONU em 1.° de fevereiro de 2007, apelou igualmente para um reforço da colaboração entre os países africanos e entre a África e os seus parceiros internacionais.
“Precisamos de parcerias sólidas para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) com detalhes precisos e de parcerias mais sólidas para resolver e gerir os conflitos africanos e é por meio de tais parcerias que as capacidades da África poderão ser reforçadas”, afirmou.
Asha-Rose sublinhou que, mesmo se a África fez alguns progressos no decorrer dos anos, o continente ainda estava em atraso do resto do mundo no alcance dos objetivos de desenvolvimento comuns devido a obstáculos desencorajadores que devia ultrapassar como o aumento da pobreza e das taxas de mortalidade materna e infantis elevadas.
Relativamente aos objetivos do milênio, declarou que este ano marcava o meio percurso entre a adoção dos objetivos e a data fixada para os atingir em 2015.
Notou que “isto torna particularmente importante o fato de estarmos mais decididos nos nossos esforços e estabelecer parcerias mais sólidas para reduzir a pobreza, satisfazer as necessidades em matéria de saúde, educação e em outros setores e promover a igualdade entre os sexos”.
A Secretária-Geral adjunta da ONU abordou igualmente a persistência da crise em Darfur, região ocidental do Sudão, onde mais de 200 mil pessoas teriam sido mortas e milhões de outras deslocadas durante anos de lutas intestinas.
“Em nenhuma parte da África os desafios para a paz e a segurança são mais evidentes do que em Darfur, onde o conflito continua a fazer um número excessivo de vítimas entre homens, mulheres e crianças”, insitiu.
“O ciclo trágico da violência em Darfur foi autorizado a durar durante muito tempo”, afirmou, preconizando o desdobramento urgente da força híbrida ONU-UA para restabelecer a situação.
Em relação ao HIV/Aids, Asha-Rose disse que “lutar eficazmente contra esta pandemia era uma condição prévia para atingir a maior parte dos outros objetivos do milênio”.
“Em particular, devemos bater-nos contra as causas profundas da sua propagação entre as adultas e as jovens”, frisou a Secretária-Geral adjunta da ONU, deplorando que as mulheres sustentam uma parte desproporcionada da carga da Aids na África.