Encontro reúne crianças e adolescentes quilombolas em Brasília

Cerca de 100 crianças e adolescentes de comunidades quilombolas de todo o País vão se reunir em Brasília a partir deste domingo, 1 de julho, no Quilombinho – o primeiro encontro nacional de crianças e adolescentes quilombolas.
No encontro, serão di

Participam do I Quilombinho meninas e meninos de 60 comunidades remanescentes de quilombos, vindos de 22 Estados brasileiros.


 



Durante o encontro, meninos e meninas vão lembrar, por exemplo, que suas escolas precisam considerar sua história, seus saberes e valores culturais.


 



O Quilombinho é promovido pela Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – Conaq, pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir/PR, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos – SEDH/PR, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Educação, pela Secretaria Nacional de Juventude, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), pela Fundação Cultural Palmares, pelo Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes – Conanda e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef.


 


A população de crianças e adolescentes quilombolas é estimada em 900 mil. Até hoje, foram identificadas no País 1.064 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares, em 24 Estados brasileiros.


 



Uma em cada 10 crianças quilombolas está desnutrida


 



Os resultados do estudo Chamada Nutricional, realizado pelo Unicef, MDS e SEPPIR em comunidades quilombolas, mostra que a proporção de crianças quilombolas de até 5 anos desnutridas é 76,1% maior do que na média das crianças brasileiras e 44,6% maior do que na população rural.


 


• 11,6% têm altura inferior aos padrões recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).


 


• 90,9% das crianças moram em domicílio com renda familiar inferior a R$424 por mês.


 


• 57,5% vivem em lares com renda total menor de R$207.


 


• 3,2% das crianças moram em residência com acesso à rede pública de esgoto e 28,9% com acesso à fossa séptica. No Brasil, 45,6% dos brasileiros moram em domicílios com rede pública de esgoto e 21,4% em casas com fossa séptica.


 


Fonte: Unicef