Produtores e industriais reunidos para discutir a cajucultura
O Pacto do Caju, com o objetivo de fazer crescer toda essa cadeia produtiva, foi o que propôs o senador Inácio Arruda durante encontro sobre a “Cajucultura Cearense: desafios perspectivas”, realizado na manhã dessa segunda-feira (18), no auditório do Banc
Publicado 19/06/2007 08:41 | Editado 04/03/2020 16:37
Promovido pela Aprece – Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará, o encontro reuniu representantes do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Embrapa, Universidade Federal do Ceará, Sindcaju, Ascaju, produtores, exportadores, industriais, agricultores do setor e prefeitos de vários municípios cearenses.
Para o senador Inácio Arruda é preciso alavancar ainda mais a cultura do caju, que ele chamou de “preciosidade”. Um dos primeiros passos é acelerar o desenvolvimento da tecnologia e fazer com que as autoridades compreendam que a castanha do caju é o nosso principal produto de exportação, com mais de 300 mil pessoas trabalhando na época da safra. Por isso ele se comprometeu a promover um encontro de representantes do setor com o governador Cid Gomes e com o ministro da Fazenda, Guido Mântega. “O Ministro me disse que está disposto a discutir esse assunto”, informou.
Competitividade
O professor José Auri Pinheiro, que representou a Universidade Federal do Ceará no encontro, disse que o Brasil perde hoje em competitividade para a Índia e para o Vietnã. “Isso não nos preocupa tanto, porque esse dois países baseam sua produção as custa da exploração da mão-de-obra barata, enquanto o Ceará se caminha para a implantação de novas tecnologias”, informou o professor, acrescentando que do caju nada se perde. Por isso é preciso diversificar a produção, dando mais alternativas não só para a castanha, mas para o suco, o mel, a goma.
O setor do caju exporta hoje mais de 80% daquilo que vende. Os produtores solicitam ao governo federal a adoção de medidas essenciais, como o cumprimento da Lei Kandir, que poderia ajudar muito ao setor da cajucultura. Conforme informações do presidente do Sindcaju, Antônio José Carvalho, a indústria cearense de processamento de castanha é muito bem vista no exterior, se encontrando num nível muito superior ao da Índia e do Vietnã. “O comprador sabe que vai comprar e receber um produto de qualidade”, ressaltou.
Entre as propostas apresentadas pela Embrapa para alavancar ainda mais a produção dessa riqueza cearense estão: promover a diversificação do produto; organizar as demandas de mudas; promover o aproveitamento integral do cajueiro; promover a ampliação e qualificação do consumo; retirar as amêndoas impróprias ao consumo do mercado turístico local; consolidar a imagem e identificação do produto; desenvolver novos produtos para agregação de valor; infra-estrutura de apoio ao processamento do pedúnculo.
Fonte: Assessoria do Senador Inácio Arruda