Mobilização leva mais de 3 mil as ruas de Florianópolis nesta quinta(31)

Os estudantes fecharam a Avenida Paulo Fontes, em frente ao Terminal de Integração do Centro (TICEM) por volta das 18 horas, de lá partiram em passeata pelas ruas da capital catarinense. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, spray de pimenta e tiros de bala de borracha para reprimir a manifestação, que se radicalizou em vários pontos da cidade.

Pelo quarto dia consecutivo, estudantes e a população em geral sai as ruas contra o aumento das tarifas de ônibus da Capital. Está programada nova manifestação para o dia 05 de junho, convocada pelo Fórum em defesa da cidade, que passou a reunir os movimentos sociais após a revelação da Polícia Federal do escâncalo da Moeda Verde que, entre outros, atinge o Prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PSDB).

As principais lideranças dos movimentos sociais, em especial dos movimentos de juventude, estavam ameaçadas de prisão pela PM e pelo Ministério Público. A União Catarinense dos Estudantes posicionou-se de forma firme e decidida em defesa da democracia e contra o autoritarismo e a repressão policial.

O líder do Movimento Passe Livre (MPL), Marcelo Pomar, é uma das principais vítimas da perseguição política. Na manhã desta quarta-feira, o Ministério Público ofereceu de forma injusta – que aparenta ação política – denúncia contra ele por incitação ao crime, devido a uma manifestação dos movimentos sociais no ano de 2006, atacada por uma milícia de desconhecidos no centro da cidade.

Apesar das tentativas de intimidação, as manifestações devem prosseguir e a tendência é tomar impulso na cidade os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus e pelo “Fora Dário”. Os movimentos sociais identificam no Prefeito um dos principais responsáveis pelos principais problemas da Ilha de Santa Catarina, Florianópolis.

De Florianópolis
Vinícius Puhl