USP: professores pedem saída da polícia no caso da ocupação
Os professores da Universidade de São Paulo (USP), que entraram em greve nesta quarta (23), apresentaram uma moção de apoio às reivindicações dos estudantes que ocupam o prédio da reitoria da instituição. O documento pede ainda que a Polícia Militar se af
Publicado 24/05/2007 03:50
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da USP, César Augusto Minto, a intervenção da polícia significaria um forte ataque à autonomia da universidade. “Nós repudiamos qualquer tentativa da PM de tentar pautar o movimento, que é um movimento cívico, que questiona o não atendimento de reivindicações muito justas e que deve ser resolvido no âmbito da negociação e no âmbito da própria universidade. Isso é uma das prerrogativas da autonomia universitária, por isso nós somos veementemente contrários a que isso se resolva por meio de força”, disse.
Os professores, reunidos em assembléia, deliberaram entrar em greve por tempo indeterminado nesta quarta. Também decidiram na assembléia pelo apoio aos estudantes e funcionários que ocupam a sede da reitoria desde o dia 3. Uma nova assembléia está marcada para sexta-feira (25).
A pauta de reivindicação dos docentes tem seis itens, entre eles o reajuste de 3,15% mais uma parcela fixa de R$ 200 a ser incorporada no salário, além de mais recursos para a área da educação. Eles também reivindicam a revogação de decretos assinados pelo governador José Serra, que consideram violar o conceito administrativo de autonomia das universidades.