Exército israelense pode ser condenado por crimes de guerra em Gaza

A Corte Suprema israelense começa a estudar hoje uma reivindicação penal contra o Exército israelense por crimes de guerra na Faixa de Gaza, supostamente cometidos em 2004, que foi apresentada pelo centro árabe-israelense Adalah.

Adalah, que defende os direitos da minoria árabe em Israel, pede à corte que estude a possível responsabilidade penal das forças armadas pelo “massacre de civis e as vastas demolições de casas” nas operações “Arco Iris”, de maio de 2004, e “Dias de Penitência”, de setembro e outubro desse mesmo ano, informou hoje a ONG em comunicado.


 


Na primeira morreram “muitos civis, entre eles 17 crianças, e foram demolidas 167 casas”, habitadas por 2.066 pessoas, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, acrescentou Adalah, que apresentou o pedido junto com o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, e a ONG cisjordaniana Al-Haq.


 



O Exército israelense justificou esta ação na busca de túneis de contrabando de armas a Gaza desde o Egito.


 



Na operação “Dias de Penitência”, que buscava deter o lançamento de foguetes artesanais da Faixa de Gaza ao sul de Israel, também morreram “muitos civis”, entre eles 27 crianças, segundo Adalah.


 



As Forças Armadas israelenses demoliram, além disso, 91 casas e causou danos a outras 101.


 



O pedido, que possui 135 páginas com declarações de comandantes militares e recortes de imprensa, foi dirigido ao procurador-geral, Menachem Mazuz, e ao ministro da Defesa e altos comandantes militares no momento das operações, mas também responsabiliza o Exército israelense e o Governo do país, então dirigido por Ariel Sharon.


 


Fonte: EFE