Brasil não quer ideologizar etanol, diz Marco Aurélio Garcia
O Brasil não quer “ideologizar” o programa do álcool e atribui a “uma incompreensão” de Fidel Castro as críticas feitas pelo cubano à ampliação da produção do combustível. As declarações são de Marco Aurélio Garcia, assessor internacional do presidente Lu
Publicado 05/04/2007 09:45
Garcia disse que a tese do cubano, segundo a qual a maior produção do álcool ameaça a segurança alimentar, não se aplica ao Brasil. “No caso brasileiro, e em todos os projetos aos quais nos associamos, essa não é realidade.”
O assessor disse que a fome no mundo “não é problema da falta de alimentos, mas de renda”, e afirmou que as terras que serão destinadas ao programa “não são próprias para produzir alimentos”.
Garcia comentou também as críticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez. “Temos entendido que até recentemente a Venezuela estava interessada também na produção de álcool.”
Ainda na quarta-feira, Lula disse que o álcool é “limpo” e fomenta a criação de empregos, ao assinar com o presidente do Equador, Rafael Correa, acordos para desenvolver a produção do combustível no país andino.
O chanceler Celso Amorim, por sua vez, se recusou a fazer novos comentários sobre o artigo de Fidel. “Não vou me repetir. Já falei sobre o assunto”, disse.