No RJ, criador do Orkut defende ócio e teoriza sobre o site
Você já pensou em ter um tempo para fazer coisas de seu interesse, desenvolver projetos pessoais, em pleno horário de trabalho, sem a preocupação de ser pego em flagrante e ser demitido? Foi assim, durante este tempo de “puro ócio”, que o analista de sist
Publicado 29/03/2007 22:21
Ele deu uma palestra para professores e alunos do curso de pós-graduação de Informática da PUC-Rio, nesta quinta-feira (29), sobre o que se pode fazer no ócio e as possibilidades de criação dentro do emprego. Segundo ele, o Google, empresa responsável pelo Orkut, dá a possibilidade de seus funcionários investirem 20% do tempo de trabalho em projetos de interesse pessoal.
Orkut ressaltou que não esperava que o site fosse fazer tanto sucesso no Brasil, mas atribui o fenômeno a alguns fatores. “A facilidade de utilizar as ferramentas do site mesmo para quem não fala inglês, a predisposição do brasileiro a fazer amigos e a competição entre os países para ser a nação que tem mais representantes conectados na rede podem explicar o fenômeno.”
O analista rebateu algumas alegações de que o site seria responsável por fim de relacionamentos amorosos. Para o engenheiro de software, se algumas pessoas terminaram, “o problema foi da relação, e não do site”. Ele também condenou algumas práticas que utilizam o Orkut como um banco de dados.
“Não acho boa idéia que empresas examinem o perfil no Orkut de candidatos a empregos”, opinou. “Elas devem contratar pela capacidade profissional, não por outras questões pessoais que estão no Orkut.”
Perfil
Quando Orkut Buyukkokten se mudou para os Estados Unidos e foi estudar Ciência da Computação na Universidade de Stanford, seu trabalho como analista de sistemas do site de buscas Google o levou a desenvolver o que é considerado, hoje, o maior banco de dados do mundo – o www.orkut.com.
Uma vez que a política de sua empresa permite que seus funcionários dispensem 20% do tempo de trabalho em projetos pessoais como um estímulo à criatividade e à produção, o estudante de pós-graduação começou, pouco a pouco, a dar forma à profusão de perfis, comunidades e “scraps” que dominam esse pedaço do espaço livre da rede.