Bolívia: Evo quer que camponeses falem ao menos três idiomas
O governo da Bolívia pretende que os camponeses dominem um idioma nativo, outro estrangeiro e mais o espanhol, segundo declaração concedida nesta terça-feira (27/3) pelo presidente Evo Morales.
Publicado 27/03/2007 11:45
O objetivo foi anunciado no município de Tolata, declarado o primeiro do país a ficar livre do analfabetismo. Evo explicou que a meta é parte das “mudanças profundas que serão feitas no futuro”, acrescentou.
O título de “Tolata livre do analfabetismo” é parte do plano de alfabetização iniciado em março de 2006, com cooperação de Cuba e da Venezuela. A meta é erradicar o analfabetismo até 2009.
Segundo dados oficiais de 2005, 13% de um total de 9,5 milhões de habitantes ainda não sabem ler nem escrever na Bolívia.
O presidente boliviano acrescentou que outro aspecto de sua política educativa é a construção de centros tecnológicos em 25 quartéis. Os recrutas cumprirão seu serviço militar obrigatório e receberão também uma formação em nível de técnico superior.
“Serão universidades para os pobres”, explicou. A etapa seguinte será reformar o sistema da universidade pública, que precisa de “profundas transformações”.
Os analfabetos bolivianos estão aprendendo a ler e escrever com o programa audiovisual “Sim, Eu posso”, criado pela pedagoga cubana Leonela Relys, que antes foi também aplicado com sucesso no Haiti, Venezuela, México e Argentina.