Partido, espelho da sociedade ideal
As mulheres comunistas e militantes do movimento emancipacionista, estão ora fazendo papel de expectadores, ora atrizes coadjuvantes na vida e nas instâncias partidária. Mas não é isso que os comuni
Publicado 14/03/2007 15:23 | Editado 04/03/2020 16:11
Por Leidiane de Jesus Oliveira*
(…) É imperioso reafirmar que o Partido é a prefiguração
da sociedade que almejamos, cujos valores de solidariedade, da igualdade e da não opressão entre pessoas e povos, das relações humanas elevadas e dignas predominem em contraposição ao paradigma da sociedade burguesa, de exploração, opressão e de gradação humana (…)
Trecho retirado do documento da 1°Conferência Sobre a Questão da Mulher.
Nós mulheres, somos “responsáveis” pelos trabalhos domésticos, pela criação de nossos filhos, outras vezes trabalhamos fora de casa para conseguir o sustento da família, algumas de nós conseguimos estudar, e depois dessa intensa quádrupla jornada ainda temos a militância no Partido. Todas essas obrigações são impostas pelo sistema capitalista e por seu produto que é a sociedade burguesa, para que fiquemos apáticas ao debate sobre a questão da emancipação de gênero e a luta pela libertação da classe oprimida.
O PCdoB, até o 11° Congresso, não conseguia obter uma discussão intensa sobre a questão da mulher. O ponto mais debatido era as QUOTAS, de direção, de delegadas e etc, mas nossa participação política não pode resumir-se em números, temos que fazer com que os comunistas entendam que a opressão de gênero está íntima e enraizadamente unida com a opressão de classe. É desafio do Partido convencer o coletivo de militantes, filados e dirigentes comunistas que é preciso trabalhar juntos mulheres e homens de movimentos sociais, sindical, juvenil, étnico, cultural, científico e tecnológico e todos os outros segmentos que estiveram comprometidos em discutir e persuadir a sociedade a lutar juntos pelo socialismo por conseguinte pelas bandeiras que defendemos.
Não podemos apenas criticar, temos que fazer nossa parte, temos que escrever e protagonizar a nossa história revolucionária. Fazer com que a sociedade tenha em nós, Partido Comunista do Brasil, um espelho para um mundo sem opressores e oprimidos, sem sexo forte e sexo frágil.
* Leidiane de Jesus Oliveira é estudante do Curso de Ciências Sociais e Coordenadora de Formação da UBM/AP