Gênero e projeto eleitoral
No PCdoB temos um grande protagonismo na presença de mulheres em chapa eleitoral no ponto de vista nacional, mas nos estados e municípios ainda é uma experiência pequena. É preciso que o partido verifique
Publicado 14/03/2007 15:34 | Editado 04/03/2020 16:11
Por Ana Maria Pinheiro Sanches *
A legislação eleitoral atual estipula a participação de 30% de gênero na chapa de candidaturas a cargos proporcionais (vereador, deputado estadual e deputado federal), ou seja, masculino ou feminino, é de conhecimento comum que seja 30% de mulheres a compor essas chapas. Na verdade se convencionou a isto, porque a participação masculina em política é ideologicamente posta, geralmente ouvimos dizer: “que política é coisa de homem”, pois pouquíssimas e heróicas mulheres participam da vida política do país.
Antes do partido definir nomes ou segmentos, define, um projeto eleitoral (sua tática), baseado na realidade concreta econômica, social, cultural, política e as correlações de forças existentes. Feito isto, o partido verifica quais de seus membros podem assumir esta tarefa. É neste momento, na definição de quadros que serão candidatos pelo partido, é que fixo minha argumentação.
É necessário que o partido dê condições às mulheres para participarem ativamente da vida política, não de forma automática apenas para cumprir tabela e sim, de maneira planejada, organizada, deliberada e estruturada, dando condições de disputa e possíveis vitórias eleitorais.
A participação de mulheres nas chapas que concorrerão às próximas eleições, será importante que se vislumbre essa realidade concreta, de que as mulheres são as ultimas a serem lembradas no fechamento do projeto eleitoral, é importante aumentar o protagonismo das comunistas na vida interna do partido e externa.
* Ana Maria Pinheiro Sanches é corretora de Seguros, membro do Comitê Estadual do Amapá e da Comissão Política do Município de Santana