A luta emancipacionista da mulher deve ser tarefa de todo partido

Defendo a corrente emancipacionista Marxista desde 1999, mas somente em 2003 nos processos preparatórios do VI Congresso Nacional da UBM, é que vim atuar de forma mas direta, deste momento em diante passe

 


Por Denize Passinho de Oliveira*
 
“O PCdoB precisa enfrentar as limitações ainda existentes em sua atuação na luta emancipacionista das mulheres. O primeiro desafio é enfrentar a subestimação do sentido estratégico da luta contra a desigualdade de direitos entre gêneros e dar conta do engrandecimento do papel das mulheres na vida social, econômica, política e cultural que ocorre nos marcos das ultimas décadas”. (documento base da Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher).


 


O Partido tem demonstrado pouco interesse em orientar política e ideológica a ação no movimento de mulheres, causando divergências políticas na ação da UBM de forma particularizada e não geral.


 



A UBM tem que ser a expressão do Partido no movimento emancipacionista, mas, para isso é necessário termos a emancipação da mulher como tarefa auxiliar na luta pela construção de uma nova sociedade, aumentando sua presença enquanto corrente de opinião mais acertada, por não perder de perspectiva o futuro, sem lançar mão das conquistas e lutas presentes por ampliação de direitos sociais.


 



O Partido tem subestimado em sua atuação pratica a questão da mulher, de certa forma jogando as mulheres comunista a enfrentar sozinhas esta questão, o 10º e 11º congresso do Partido deram importes avanços nesta temática, a próprio Conferência Nacional Sobre a Questão da Mulher já se apresenta como um grande passo na direção de ser uma responsabilidade de homens e mulheres comunistas, ou seja, tarefa de todo Partido.


 



Penso que aumentando a presença de mulheres nas direções partidárias pode reduzir ou extingui esta subestimação, não proponho aqui uma participação automática, ou seja, por cotas, mas sim, uma participação política e ideológica onde o Partido crie condições favoráveis as mulheres, é preciso também que as mulheres estejam nos Secretariados e nas Comissões Políticas de forma a participar das deliberações e não somente da ação.


 


Não descordo do centralismo-democrático, sou altamente favorável, mas acho que em determinadas proporções o Partido tem as mulheres como tarefeiras, não participando do processo de elaboração e deliberação.
Por tanto ao meu ver, a questão da mulher em nosso partido, passa ter duas necessidades de atuação: a primeira é aumentar a participação das mulheres no organismo partidário e a segunda, fortalecer nossa corrente de opinião na UBM e nas demais entidades, através da interligação das lutas imediatas com a luta futura.


 



* Denize Passinho de Oliveira é auxiliar de Escritório, Dirigente da UBM-AP e membro do Comitê Estadual do Amapá.