China quer que EUA não vendam armas a Taiwan

O governo chinês declarou nesta sexta-feira (2/3) que está “profundamente insatisfeito” e fará resoluta oposição aos planos dos Estados Unidos de vender armas à Taiwan, o que é considerado por Pequim como uma grosseira interferência nos assuntos internos

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Qin Gang, declarou hoje que a China se opõe firmemente à venda de armas à ilha da China e solicita aos EUA que cancelem o plano de fornecimento de armas. “Nossa posição é consistente e clara”, disse Qin.


 


O Departamento de Defesa dos EUA anunciou que seus planos de vender a Taiwan mais de 400 mísseis, no valor de US$ 421 milhões, poderão incluir mísseis avançados de média distância ar-ar, mísseis do tipo Maverick (Ar-terra) assim como peças sobressalentes e manutenção de equipamentos.


 


“Os Estados Unidos, agindo assim, violam compromissos acertados em três comunicados conjuntos sino-americanos, em particular um assinado entre os dois países em 17 de agosto de 1982, caso venda armas a Taiwan”, afirmou Qin.


 


Qin conclamou os EUA que se juntem à política de “Uma China”, que honrem os compromissos assumidos nos comunicados sino-americanos e que faça oposição à política de “Independência de Taiwan”.


 


O porta-voz afirmou que os EUA deveriam parar imediatamente as vendas de armas, cortas os laços militares que mantém com Taiwan e desencorajar as forças pró-independência, assim como deveriam evitar qualquer forma de desestabilizar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, assim como nas relações sino-americanas.


 


Qin disse ainda que o governo chinês já protocolou o protesto junto à embaixada americana em relação aos planos dos EUA.