MST denuncia extração de madeira ilegal no Pará
O MST ocupou a sede da Fazenda Peruano, em Eldorado dos Carajás, no Pará, para denunciar a extração ilegal de madeira pelo grileiro Evandro Mutran, nesta quarta-feira (14). O fazendeiro também sofre processo por uso de trabalhadores escravo.
Publicado 14/02/2007 17:38
“Queremos impedir a continuidade da devastação, um crime ambiental, e a venda ilegal de madeira”, disse Maria Raimunda, da direção nacional do MST.
As 450 famílias Sem Terra estão acampadas desde 2004 na área, que tem 12 mil hectares e está em processo de desapropriação pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O MST pede que o Incra, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto de Terras do Pará (Iterpa) realizem uma inspeção na área para constatar o crime ambiental na fazenda.
Os lavradores cobram também a aceleração do processo de criação do assentamento, que desde o ano passado está parado no Iterpa (). De toda a área da fazenda, metade pertence ao Estado do Pará. A outra parte foi grilada por Evandro Mutran.
“O Incra já terminou o levantamento da área. Agora falta vontade política do governo do Pará e do Iterpa para assentar as famílias”, disse Maria Raimunda.
Evandro Mutran foi autuado pelo Ministério do Trabalho em 2001 por utilização de trabalho escravo em duas propriedades rurais: a própria Peruano e a fazenda Cabaceiras, em Marabá.
Fonte: MST