Mulheres da Amazônia, mudando o próprio mundo

Um olhar crítico da mulher amazônica


A Amazônia e principalmente o estado do Amapá, vivem décadas de transformações não diferentes do mundo nos planos econômico, social, político e tecnológico assentado em um processo crescente de

Com isso, no entanto, a Amazônia, cenário de disputas sociais em termos mundiais, suas riquezas minerais, recursos hídricos, cobertura florestal e biodiversidade se tornam cada vez mais importante devido á destruição sistemática do planeta.


Este impacto sobre a vida, das mulheres na floresta tornar-se mais crítico e emancipado em um sentimento harmonicamente entre mulher e biodiversidade e fez ecoar sua voz como som de liberdade de suas amarras dentro do mais longínquo rincão amazônico com isso causando furor dentro, de cada especificidade seja em sua origem cultural, religiosa, ou em sua categoria de trabalho, rural, ribeirinha, quilombolas, parteiras tradicionais, indígenas, extrativistas, negras, urbanas e outras formas de atividades de sobrevivência das mesmas.


A pluralidade das mulheres mesmo vivendo neste processo de diversidade, conseguem combinar sua vida pessoal com a vida pública com isto cada vez mais são chamadas a responder a novos desafios na sociedade, rompendo o silêncio do anonimato, onde hoje participam mais de atividades produtivas e , tem voz nas frentes de atuação, cada vez mais estão procurando ser respeitadas no espaço publico e político.


Segundo Ligia Simonia antropóloga da Universidade Federal do Pará-UFPA, onde faz estudos sobre a sustentabilidade, ressalta que as mulheres amazônida no processo de desenvolvimento e mesmo de decisões locais das suas comunidades se pautam em primeiro momento, por positivar um papel feminino, o qual por tradição ideológica sexista, vem sendo usado como dicurso legitimados de opressão e dominação, qual seja a “inerente” ligação mulher-natureza. Esse princípio do Eco-feminismo precisa ser tomado com cuidado, pois não basta apenas levar em conta os papéis de gênero atribuídos a mulher, pois mesmo possíveis mudanças nas relações de gênero não significam mudanças concretas no jogo de dominação e opressão a “Revolução Cultural” em que a pesquisadora se refere só será viável quando o gênero for suprimido ou seja quando os papeis sociais sejam eles pautados por sexo,raça ou classe, não mais restringirem as amplas possibilidades de homens e mulheres de interagir na sociedade.


Entretanto frente a uma arena política marcada pelo neoliberalismo e pela cultura patriarcal em que vivem as mulheres da Amazônia elas resistem com muita bravura e coragem a construção de uma sociedade mais justa e igualitária e sonhando em uma perspectiva de vida mais saudável.


Portanto as mulheres são hoje as principais protagonistas para um desafio de relação entre o ambiente natural, que depende dos recursos naturais para produzir e reproduzir sua própria existência, através de suas atividades, e construindo relações sociais de gênero sem perder de vista a relação das mulheres com a natureza e no sentido de valorização no processo de desenvolvimento da região e do país.


 




* Sônia Cristina L. Ferreira é Coordenadora Estadual da UBM e membro da Comissão Política Estadual do PCdoB-AP.