Petrobras definirá operações na China e no Peru

A Petrobras afirmou em comunicado que vai decidir nos próximos meses se entra no setor de exploração de petróleo em águas profundas (offshore) na China.

No momento, as atenções do grupo estão voltadas para os blocos em águas profundas onde a China não tem tecnologia para perfurar, afirmou Marcelo Castilho da Silva, representante da estatal no país. A Petrobras tem negociado com a CNOOC Ltd. sobre sua entrada no setor, mas ainda precisa assinar um contrato. “No primeiro trimestre do próximo ano teremos uma posição final com relação às atividades de exploração e produção”, afirmou Castilho. O interesse em explorar o território marítimo da China foi despertado neste ano depois de uma série de descobertas, incluindo a da canadense Husky Energy anunciada em junho — um campo localizado a 240 quilômetros ao sul de Hong Kong contendo reservas estimadas entre 113 bilhões a 170 bilhões de metros cúbicos de gás natural recuperável.



A China espera que a exploração desses recursos resulte em uma menor dependência das importações. Entre as três maiores petrolíferas do país, a CNOOC é a única que ainda não assinou um acordo formal de trabalho com a Petrobras. Em maio de 2004, o grupo brasileiro assinou acordo estratégico de cooperação com a Sinopec, quando o escritório da Petrobras foi inaugurado na China. Nove meses depois, foi assinado um memorando de entendimento com a Chinese National Petroleum Corp. (CNPC). Segundo Castilho, a Petrobras continua interessada em investir na reforma de refinarias da China para processar mais petróleo pesado, mas não poderá tomar uma decisão até que fique claro o quanto os chineses estão dispostos a abrir seu setor de refino, comercialização e distribuição de petróleo.



A Petrobras também está avaliando investir 800 milhões de dólares em uma petroquímica no Peru, de acordo com o ministro de Energia do país, Juan Valdivia. “Atualmente há uma delegação de técnicos da Petrobras no Peru conduzindo estudos preliminares sobre a possibilidade de investir 800 milhões de dólares na construção de uma fábrica no campo de gás de Camisea”, revelou o ministro. Valdivia disse que a instalação, que poderia ser voltada para a produção de fertilizantes, faz parte do plano de investimento de 3,4 bilhões de dólares que a petrolífera brasileira estuda para o país nos próximos anos.


 


 


As informações são da
agência Dow Jones