Petrobras definirá operações na China e no Peru
A Petrobras afirmou em comunicado que vai decidir nos próximos meses se entra no setor de exploração de petróleo em águas profundas (offshore) na China.
Publicado 13/11/2006 14:11
No momento, as atenções do grupo estão voltadas para os blocos em águas profundas onde a China não tem tecnologia para perfurar, afirmou Marcelo Castilho da Silva, representante da estatal no país. A Petrobras tem negociado com a CNOOC Ltd. sobre sua entrada no setor, mas ainda precisa assinar um contrato. “No primeiro trimestre do próximo ano teremos uma posição final com relação às atividades de exploração e produção”, afirmou Castilho. O interesse em explorar o território marítimo da China foi despertado neste ano depois de uma série de descobertas, incluindo a da canadense Husky Energy anunciada em junho — um campo localizado a 240 quilômetros ao sul de Hong Kong contendo reservas estimadas entre 113 bilhões a 170 bilhões de metros cúbicos de gás natural recuperável.
A China espera que a exploração desses recursos resulte em uma menor dependência das importações. Entre as três maiores petrolíferas do país, a CNOOC é a única que ainda não assinou um acordo formal de trabalho com a Petrobras. Em maio de 2004, o grupo brasileiro assinou acordo estratégico de cooperação com a Sinopec, quando o escritório da Petrobras foi inaugurado na China. Nove meses depois, foi assinado um memorando de entendimento com a Chinese National Petroleum Corp. (CNPC). Segundo Castilho, a Petrobras continua interessada em investir na reforma de refinarias da China para processar mais petróleo pesado, mas não poderá tomar uma decisão até que fique claro o quanto os chineses estão dispostos a abrir seu setor de refino, comercialização e distribuição de petróleo.
A Petrobras também está avaliando investir 800 milhões de dólares em uma petroquímica no Peru, de acordo com o ministro de Energia do país, Juan Valdivia. “Atualmente há uma delegação de técnicos da Petrobras no Peru conduzindo estudos preliminares sobre a possibilidade de investir 800 milhões de dólares na construção de uma fábrica no campo de gás de Camisea”, revelou o ministro. Valdivia disse que a instalação, que poderia ser voltada para a produção de fertilizantes, faz parte do plano de investimento de 3,4 bilhões de dólares que a petrolífera brasileira estuda para o país nos próximos anos.
As informações são da
agência Dow Jones