Países ibero-americanos repudiam muro dos EUA
Os assistentes dos ministros de Relações Exteriores dos 22 países que participam da Cúpula Ibero-americana, em Montevidéu, aprovaram na última sexta-feira (3/11) um comunicado especial de repúdio à decisão dos Estados Unidos de construir um muro na fronte
Publicado 04/11/2006 16:16
O documento — que é um anexo da declaração conjunta da Cúpula — deve ser assinado pelos chefes de Estado neste domingo (5/11) último dia da reunião.
O texto manifesta “profunda preocupação (dos chefes de Estado) com o governo dos Estados Unidos”. Segundo eles, a decisão americana “incita a discriminação e a xenofobia” e beneficia grupos que trabalham no tráfico de pessoas.
“A construção de muros é uma prática incompatível com as relações de amizade e cooperação entre os Estados”, afirma o documento. A condenação explícita aos Estados Unidos é uma proposta defendida pelo México, representado na Cúpula pelo presidente Vicente Fox.
As relações entre imigração e desenvolvimento são o principal tema da 16º Cúpula Ibero-Americana, que foi inaugurada nesta sexta-feira pelo secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
Annan disse, durante o discurso de inauguração da Cúpula, no Teatro Solis de Montevidéu, que a imigração “pode e deve ser uma força para o desenvolvimento”.