Procuradora nega que repórteres de Veja foram ameaçados

A procuradora da República Elizabeth Mitiko Kobayashi divulgou nota nesta quinta-feira (2/11) comentando as acusações da revista Veja de que repórteres teriam sofrido abusos ao deporem, na terça-feira, na sede da Polícia Federal em São Paulo. De acordo co

“Embora as imperfeições ocorridas durante a redução a termo dos depoimentos tenham sido corrigidas e que no meu entendimento pessoal não tenha havido qualquer ato de intimidação por parte da PF, o que teria provocado imediata reação de minha parte, o Ministério Público Federal está aberto para receber qualquer comunicação formal por parte da revista Veja”, diz Elizabeth.



A procuradora participa do procedimento de controle externo das atividades da Polícia Federal para apurar se houve ou não a denominada “Operação Abafa”, denunciada pela revista. Segundo a publicação, um encontro clandestino ocorrieu dentro das dependências da PF entre o ex-assessor especial da presidência Freud Godoy e o ex-policial federal Gedimar Passos, envolvido na tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos. Os jornalistas foram convidados a prestar esclarecimentos sobre a denúncia.



Confira a íntegra da nota do MPF:



Nota à Imprensa



Como procuradora da República presente aos depoimentos que são alvo de contestação da revista Veja e da réplica da Polícia Federal, cumpre esclarecer que:



Sobre a nota da revista Veja, não é correto afirmar que os jornalistas prestaram depoimentos para uma investigação interna da corregedoria da Polícia Federal. Os jornalistas foram ouvidos como testemunhas em inquérito policial para apurar se houve conduta indevida de policiais no interior da PF em São Paulo. A PF ainda não instaurou procedimento administrativo interno sobre os episódios narrados na revista;



No caso específico, as irregularidades verificadas foram prontamente apontadas e sanadas no curso dos depoimentos, da maneira detalhada na nota da revista Veja;



O papel do MPF no caso é certificar que as declarações tomadas no inquérito policial sejam as mais fiéis possíveis aos depoimentos das testemunhas, fazer perguntas de interesse da investigação não realizadas pela PF, bem como buscar outras provas e evidências para esclarecer o caso, determinando e sugerindo a realização de oitivas, perícias, etc., para chegar ao resultado almejado por todos: a verdade;



Embora as imperfeições ocorridas durante a redução a termo dos depoimentos tenham sido corrigidas e que no meu entendimento pessoal não tenha havido qualquer ato de intimidação por parte da PF, o que teria provocado imediata reação de minha parte, o MPF está aberto para receber qualquer comunicação formal por parte da revista Veja.



Elizabeth Mitiko Kobayashi
Procuradora da República