Sensus: Lula tem vantagem de 26 pontos ou 25 milhões de votos
O presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PCdoB-PRB) tem 57,5% das intenções de voto, segundo pesquisa CNT-Sensus divulgada nesta quinta-feira (26). Seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), tem 33,5%. Em votos válidos, Alckmin tem 36,8 e Lul
Publicado 26/10/2006 12:40
Na pesquisa espontânea, 53,9% dos entrevistados disseram que vão votar em Lula no próximo domingo. Geraldo Alckmin obteve 31,4% das intenções de voto espontâneo. Os que disseram que votariam em branco ou anulariam o voto foram 3,5% e os indecisos, 11,3%.
Lula está em posição confortável também no quesito rejeição. A Rejeição ao presidente foi de 33,6% e a Geraldo Alckmin, 45,0%.
O instituto Sensus, contratado pela CNT (confederação patronal do transporte), realiza a pesquisa mensalmente e portanto esta é a primeira pesquisa após o primeiro turno (na série histórica, é a 87ª). O Sensus ouviu 2 mil pessoas, no período de 23 a 25 de outubro de 2006, em 24 estados, das cinco regiões brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.
Tentativas de explicação
O crescimento continuado da vantagem de Lula no segundo turno tem ocupado os analistas políticos. Uma explicação possível é que a divulgação das fotos do dinheiro envolvido no Escândalo do Dossiê, a dois dias da votação de 1º de outubro, ''roubou'' alguns milhões de votos em Lula: há quem estime 4 milhões.
Por esse raciocínio, no segundo turno os eleitores de Heloísa Helena (PSOL-PSTU-PCB) se dividiram por igual entre Lula e Alckmin. Já os de Cristovam Buarque (PDT) se concentraram em Lula, na proporção de dois para um. Mas o principal fator de crescimento do presidente-candidato foi que ele recuperou os votos que perdeu com a divulgação das fotos — fornecidas ilegalmente por um delegado da Polícia Federal. E, em seguida, passou a ''virar'' votos que foram de Alckmin no primeiro turno.
A três dias da eleição, a diferença anunciada pelo Sensus corresponde a 25,1 milhões de votos no domingo (caso se repita o número de votos válidos de 1º de outubro). Isto significa que Geraldo Alckmin precisa ''virar'', no sentido contrário, mais de 4 milhões de votos milhões de votos nesta quinta-feira, e repetir a proeza tanto na sexta-feira como no sábado.
Disputas nos estados: 6 a 3 e um empate
Com um favoritismo tão nítido na eleição presidencial, as atenções se voltam para os estados onde há segundo turno para governador. Conforme as pesquisas, dos dez estados que elegerão seus governadores no domingo, seis apresentam em primeiro lugar apoiadores da reeleição presidencial:
Os aliados de Lula lideram atualmente no Maranhão (Roseana Sarney/PFL), Rio de Janeiro (Sérgio Cabral/PMDB), Rio Grande do Norte (Vilma Faria/PSB), Pernambuco (Eduardo Campos/PSB), Paraná (Roberto Requião/PMDB) e Pará (Ana Júlia/PT).
Num sétimo estado, a Paraíba há empate técnico entre o senador José Maranhão (PDMB), que apóia Lula, e o governador Cássio Cunha Lima (PSDB), pró-Alckmin. Maranhão tem 2,3 pontos de vantagem, porém dentro da margem de erro.
Candidatos que apóiam Alckmin lideram em: Santa Catarina (Luiz Henrique/PMDB), Rio Grande do Sul (Yeda Crusius/PSDB) e Goiás (Alcides Rodrigues/PP).
O ''efeito Lula'', porém, pode mudar este quadro estadual. No Rio Grande do Sul, em particular, reduz-se rapidamente a distância entre Olívio e Yeda.
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