Acesso ao tratamento da aids é destacado em encontro no RJ
O grande avanço do Programa Nacional da Aids é a distribuição do medicamento retroviral, combinada com a inclusão da assistência realizada aos portadores no Sistema Único de Saúde (SUS). A avaliação é do presidente do Grupo Pela Vida Rio de Janeiro e i
Publicado 14/10/2006 16:52
Segundo o presidente do Grupo Pela Vida, embora haja avanços também ocorrem problemas como nas ações de prevenção, que, de acordo com ele, ultimamente tem ficado um pouco em segundo plano, inclusive com falhas na distribuição dos preservativos. Amaral considera que esta dificuldade acaba sendo amenizada pela atuação da sociedade. “Como temos um grande contingente de ONGs e outras pessoas da sociedade civil e portadores, o tema é bastante debatido. Isso é muito importante. Acima de tudo o tão falado melhor programa de aids do mundo é feito por um conjunto de toda a sociedade. É feito pelo governo, pelas empresas, pela própria população que se envolve nas campanhas e tem sensibilidade de ouvir. Isso faz com que tenhamos um dos melhores programas de combate à aids no mundo”, disse.
Josué Mitidieri, que está em tratamento de aids desde 1994 participa do encontro. Ele concorda que houve evolução no tratamento da doença no país e nos medicamentos que são distribuídos, mas aponta a dificuldade na assistência ao paciente. Ele disse que embora o tratamento da aids esteja incluído no Sistema Único de Saúde ainda há municípios onde não existem hospitais credenciados. Ele citou o município onde mora, São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde o paciente pode receber tratamento, mas se precisar de internação tem que ser levado para outra cidade.
“Temos um programa nacional de excelência, mas em certos casos os programas municipais têm muita dificuldade de ter respostas do Sistema Único de Saúde”, comentou.
Para ele, participar do encontro também, significa troca de informações sobre ações que melhorem a vida dos pacientes, que chegam, inclusive, de cidades do interior e não ficam restritas aos grandes centros urbanos.
Amaral destacou o intercâmbio de informações que acontece no encontro e o esforço que portadores de HIV fazem para participar e a importância de debater questões relevantes como as ligadas a sustentabilidade do programa brasileiro de aids, a distribuição do tratamento antiretroviral, o acesso à medicação para infecção oportunista e temas relacionados à prevenção.
Fonte: Agência Brasil