Alan García defende integração do Mercosul com países andinos

Na inauguração da 9º sessão extraordinária do Parlamento Andino, García disse que “essa é a aposta desta geração, deste tempo histórico: consolidar a união da Comunidade Andina com o Mercosul”, em uma alusão à Comunidade Sul-Americana de Nações (CSN), criada em 2004.

García afirmou que a CSN não deve ser “uma mera comunidade de nações, mas uma integração autêntica, para que se tenha uma só moeda mais poderosa que o chinês”.

A CSN, que foi criada em Cuzco (Peru) em novembro de 2004, é formada pelos países fundadores do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; pelos membros da Comunidade Andina: Bolívia, Chile, Equador, Peru e Colômbia; pela Venezuela, que acaba de aderir ao Mercosul como membro pleno; pela Guiana e pelo Suriname.

Venezuela
García afirmou que a união dos dois blocos irá contribuir para que a América do Sul negocie produtos, bens e serviços em conjunto e com audácia, tanto em seu mercado interno como no exterior.

O presidente disse confiar na volta da Venezuela ao CAN. O país se retirou do bloco em abril deste ano. García disse que o país tem “o direito de se iludir”, e aliando-se aos “mais ricos (da América do Sul), como são Brasil e Argentina”.

Na véspera, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, havia afirmado ser impossível manter uma relação cordial com o governante eleito do México, Felipe Calderón, e com García.

O governante peruano disse também que o Parlamento Andino é “um instrumento de integração dos países do continente”, que contribuirá para “enfrentar com eficiência” os desafios futuros referentes ao comércio e à integração política.

Os parlamentares andinos se reunirão até amanhã na sede da CAN, em Lima, para debater o retorno do Chile ao organismo, após 30 anos de ausência, assim como o Plano de Imagem Institucional, Promoção e Difusão para o qüinqüênio 2006-2011, entre outros temas.