Manifestantes ocupam Praça da Estação para Grito dos Excluídos
Militantes de partidos políticos, moradores de favelas e periferia, religiosos, mulheres marginalizadas, representantes do MST e de outros movimentos sociais e sindicais participaram ontem da 12ª edição do Grito dos Excluídos. Este ano, o tema foi ''Br
Publicado 08/09/2006 10:47 | Editado 04/03/2020 16:52
As altas tarifas de energia elétrica e a desigualdade social foram o tema central do Grito dos Excluídos de Belo Horizonte, onde cerca de 2 mil pessoas participaram do movimento. O grupo se concentrou às 9h na Praça Rio Branco, na Rodoviária, de onde caminhou até a Praça da Estação, no Centro da capital. A indignação contra a corrupção e as diferenças sociais foram os principais lemas da passeata. Para Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, é uma vergonha que o Brasil ainda tenha tantas situações de exclusão. 'O Brasil é um país rico e uma grande parcela da população ainda não tem direito à saúde e à educação. Precisamos de mais participação, de uma democracia participativa', comentou. Ele fez um alerta em relação ao voto consciente nas eleições de outubro, mas ressaltou que a esperança da população não deve ser depositada somente no Governo. 'Ela deve estar também na participação popular. É preciso redespertar essa mobilização, porque o povo está desesperançado'. O bispo destacou a diferença entre ricos e pobres no país, classificando a desigualdade como escandalosa. 'Sociologicamente é injusta e religiosamente é um pecado'. Dom Mol defendeu a transformação em prol de todas as necessidades do povo, desde saúde e educação, passando pelo emprego, dignidade e qualidade de vida. Representantes das pastorais e dos movimentos sociais, ONGs, Fórum Social Mineiro, sindicatos e trabalhadores, desempregados, estudantes e famílias cantaram e refletiram sobre os vários temas propostos pela organização do evento, como a necessidade da redução das tarifas de energia elétrica e a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. Pouco antes das 12h, de mãos dadas, todos cantaram o Hino Nacional. Fontes: Jornal Hoje em Dia e Jornal Estado de Minas