Peru: Juíza acusa nacionalista Ollanta Humala de assassinato

O ex-candidato nacionalista à Presidência do Peru, Ollanta Humala, derrotado pelo presidente Alan García nas eleições deste ano, foi acusado de assassinato por sua atuação no combate a rebeldes do grupo Sendero Luminoso e traficantes de drogas nos anos 19

Ex-militar de 44 anos que permanece muito popular no país, Humala é acusado de sequestros e assassinatos realizados quando combatia insurgentes de esquerda e traficantes de drogas em uma base militar na selva em 1992. Humala negou os atos, nesta sexta-feira, e disse que as acusações tinham como objetivo impedir que seu movimento nacionalista conquiste os principais cargos nas eleições regionais de novembro. O movimento detém a maioria das cadeiras no Congresso.


 


“Eu participei da guerra para manter a lei, eu fiz o papel de juiz, padre e irmão para muitos, mas eu nunca abusei dos direitos de ninguém”, disse Humala a jornalistas. “Isso é claramente uma perseguição política do governo de García para destruir a oposição”, afirmou o oposicionista, que concedeu a entrevista acompanhado de sua mulher, Nadine.


 


O advogado de Humala, Carlos Escobar, considerou a decisão da juíza “absurda”. As acusações estão relacionadas à época em que Humala era um capitão na base militar na selva, no Departamento produtor de coca de San Martín (norte), uma linha de frente na luta do governo contra o grupo guerrilheiro maoísta Sendero Luminoso e traficantes de drogas.


 


Escobar disse que a popularidade de Humala na região é um testamento de sua inocência. Resultados oficiais da eleição de junho contra García mostraram Humala com 81% dos votos no distrito de Nuevo Progreso, em San Martín.