Datafolha: Lula, com 50%, tem preferência recorde
Lula 50%, Alckmin 27%, indica a segunda pesquisa Datafolha desde o início do horário eleitoral, publicada nesta quarta-feira (30) pelo jornal Folha de S. Paulo, do mesmo grupo. O presidente oscilou 1 ponto percentual para cima em uma semana. “Com
Publicado 30/08/2006 11:05
A marca anterior (49%) era partilhada entre o próprio Lula, no levantamento anterior, de 21-22 últimos, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998. O candidato à reeleição pelo PT-PCdoB-PRB aumentou o favoritismo em seu maior reduto, o Nordeste, onde passou de 65% para 70%, “um outro recorde” segundo o jornal. Alckmin manteve a preferência de 13% dos nordestinos e a senadora alagoana oscilou de 8% para 6%.
Alckmin se consolida entre os ricos
A intenção de voto de Geraldo Alckmin oscilou de 25% para 27%. A senadora Heloisa Helena (AL), candidata do PSOL, oscilou de 11% para 10%.
Alckmin avançou principalmente em um eleitoral que já era seu — a faixa de renda mais alta, acima de dez salários mínimos mensais. Nesse segmento, saltou de 35% para 42% das intenções de voto. Lula recuou de 36% para 29% entre os mais ricos. Caso apenas eles votassem — como ocorria no Império, quando vigorava o voto censitário –, o candidato do bloco PSDB-PFL venceria com folga de 13 pontos, registra o datafolha. Heloísa se manteve com 20% nesse segmento do eleitorado.
Mais votos que no 2º turno de 2002
Desconsiderados os indecisos e nulos, Lula teria hoje 62,3% dos votos, conforme o Datafolha. É o percentual mais alto alcançado por ele até agora. O índice é maior, até mesmo, do que ele conquistou no segundo turno das eleições de 2002, quando venceu a disputa com 61,3% dos votos válidos.
A taxa dos que declaram, de maneira espontânea, que vão votar em Lula para presidente, oscilou de 37% para 38%. As menções espontâneas a Geraldo Alckmin oscilaram de 13% para 15% e as citações a Heloísa Helena passaram de 6% para 5%. Não sabem dizer, espontaneamente, em quem vão votar para presidente em outubro, 35% (eram 36% no levantamento anterior).
Aprovação do governo recua 4 pontos
Num eventual segundo turno, que a pesquisa aponta como pouco provável, Lula venceria com 55% das intenções de voto contra 37% de Alckmin. Na pesquisa anterior, Lula tinha 55% das intenções de voto de um possível segundo turno contra 36% do tucano.
No entanto, o Datafolha registrou uma queda de 4 pontos no seu índice de aprovação como presidente. A aprovação, que era de 52%, a maior desde que o instituto começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo Federal, em 1990, é hoje de 48%. A taxa dos que acham que o petista vem fazendo um governo regular passou de 31% para 36% e a dos que consideram seu desempenho ruim ou péssimo se manteve em 16%.
O Datafolha ouviu 2.863 eleitores em 175 cidades, nesta terça-feira (29), 12º dia de horário eleitoral gratuito. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e todos os candidatos oscilaram dentro desse limite.
CNT/Sensus
A pesquisa Datafolha está em linha com o resultado do levantamento da CNT/Sensus, divulgado na terça-feira. De acordo com a CNT/Sensus, Lula venceria a eleição hoje no primeiro turno, com 51,4% das intenções de votos –3,5 pontos percentuais a mais do que o verificado no levantamento realizado de 1º a 4 de agosto.
Alckmin, oscilou de 19,7% para 19,6% –dentro da margem de erro. Heloísa tem 8,6% das intenções de votos –tinha 9,3%. Cristovam Buarque (PDT) cresceu um ponto percentual, de 0,6% para 1,6% agora. Os demais candidatos não somam 1%.
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Com informações do instituto Datafolha.