Líbano e Síria exigem inclusão de retirada de Israel em resolução da ONU
O Líbano formalizou neste domingo a exigência de que a resolução da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hezbollah contenha a retirada das tropas israelenses do território do país quando a violência acabar, informou o embaixador libanês na ONU, Nuhad
Publicado 06/08/2006 15:27
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu no último sábado para debater um projeto de resolução estipulado pelos EUA e pela França para buscar uma saída ao conflito no Líbano. O projeto solicita uma “suspensão completa das hostilidades” entre Israel e o Hezbolá. A proposta não agradou representantes do governo libanês, pois não obriga os israelenses a suspender definitivamente os ataques e nem menciona a retirada do exército de Israel do território libanês.
A resolução da ONU é fraca e condescendente com Israel pois só assim os Estados Unidos, que têm poder de veto no Conselho de Segurança, aceitaram aprovar o documento.
O governo libanês deseja que o projeto garanta que Israel ceda as posições que detém no Líbano à Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL). “Queremos que Israel retire suas forças para atrás da linha azul (a fronteira entre Israel e Líbano) assim que houver o fim das hostilidades”, declarou Mahmud à imprensa.
A Síria também descartou um cessar-fogo sem retirada de Israel. O ministro de Assuntos Exteriores, Walid Moallem, refutou a hipótese durante entrevista coletiva em Beirute. ” É impossível um cessar-fogo sem a retirada de Israel” do território libanês, e reiterou a necessidade de que o cessar-fogo seja “imediato e incondicional”.
Soldado
Ainda neste domingo, o Exército israelense afirmou que deteve um dos membros do comando do Hezbolá que seqüestrou, no dia 12 de julho, dois de seus soldados em território israelense, desencadeando sua ofensiva no Líbano.
O indivíduo, cujo nome não foi divulgado, teria sido detido pelas forças especiais israelenses em uma operação há poucos dias. O porta-voz militar recusou-se a indicar o local e o momento em que este combatente da milícia xiita foi capturado.
Pelo menos seis civis morreram hoje e outros cinco ficaram feridos em um ataque aéreo israelense nas proximidades de Sidon, cerca de 40 quilômetros ao sul de Beirute, informaram fontes policiais.
O movimento xiita libanês Hezbolá reagiu e lançou um intenso bombardeio de foguetes neste domingo contra o norte de Israel, matando pelo menos dez pessoas e ferindo outras 12, indicaram fontes médicas e policiais. A maioria das vítimas era composta por militares.