Petrobras descarta reajustes de preços de combustíveis
Apesar da alta nos preços do petróleo no mercado registrada principalmente desde abril, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, descartou a necessidade de reajustes nos preços dos combustíveis no mercado brasileiro ag
Publicado 11/07/2006 18:23
"A Petrobras não considera que tenha que mover nos preços nesse momento", disse Gabrielli, ao comentar que a estatal mantém a política adotada há cerca de quatro anos, de "amortecimento da flutuação de curto prazo" dos preços do mercado internacional para o mercado brasileiro. Apesar do sinal de tranqüilidade da Petrobras, a pressão das cotações do barril de petróleo acima de US$ 70 já preocupa o Banco Central. Mesmo prevendo "reajuste zero" para a gasolina e o gás de cozinha (GLP) neste ano, a ata da última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), realizada no fim de maio, já destacava que "a evolução recente reforça temores de que os preços internacionais do petróleo sustentem-se por mais tempo em um nível acima do que vinha sendo antecipado".
"Como em meses anteriores, as previsões sobre a trajetória futura dos preços do petróleo continuam marcadas por grande incerteza", diz o documento. O último reajuste dos combustíveis nas refinarias da Petrobras ocorreu em setembro do ano passado, quando a cotação do barril de petróleo ficou próximo ao patamar de US$ 70 no mercado internacional. Na época, a gasolina ficou 10% mais cara para as distribuidoras e o diesel subiu 12%. Desde então, as oscilações nos preços dos combustíveis para o consumidor foram provocadas principalmente pela variação no preço do álcool, que é misturado à gasolina.
Os preços do petróleo têm registrado forte oscilação desde 2004, quando começaram a disparar. Em julho daquele ano, o barril registrou o recorde para a época de US$ 43,02 na Bolsa Mercantil de Nova York, devido a pressões sobre o consumo, com o crescimento econômico da China. Ainda em 2004, a redução nas reservas americanas de petróleo e de destilados já era um fator de preocupação, levando o preço a outro recorde, US$ 55,67 em outubro. Outra crise no mercado petrolífero foi a destruição de instalações petrolíferas e de refinarias americanas na região do golfo do México após a passagem do furacão Katrina, em agosto de 2005, que levou o barril a US$ 70,85.
Com agências