PC da Índia (Marxista) condena atentados no país
Uma série de explosões em trens matou 135 pessoas e deixou mais de 250 feridas na capital financeira da Índia, Mumbai (Bombaim), afirmou a polícia da cidade nesta terça-feira. O Birô Político do partido comunista da Índia (
Publicado 11/07/2006 13:12
A nota do partido destaca que "esses ataques terroristas foram perpetrados por forças que são inimigas dos interesses do povo da Cachemira e que não querem paz e uma vida normal no Estado".
"É imperioso que o Estado e o governo central tomem medidas efetivas para conter essa violência e eliminar a rede terrorista", continua a nota. "O birô político expressa sua cordial condolência às famílias de todos aqueles que perderam as vidas nos ataques", conclui o documento.
As explosões aconteceram em trens de passageiros, estações ferroviárias e plataformas, que estavam abarrotados durante a hora do rush. Segundo a polícia local, as explosões foram causadas por bombas.
Um policial do centro de controle municipal de Mumbai relatou que existiriam mais 100 pessoas mortas. "Há 104 mortos", disse o policial.
"As explosões ocorreram quando os trens estavam mais cheios", relatou D.K. Shankaran, secretário-chefe do Estado de Maharashtra, cuja capital é Mumbai. "As baixas provavelmente vão aumentar. Ambulâncias e hospitais estão de sobreaviso."
O comissário de polícia de Mumbai, A.N. Roy, disse à emissora local de televisão CNN-IBN que houve sete explosões na rede ferroviária, em estações e plataformas. Autoridades informaram que duas outras explosões aconteceram nos subúrbios de Santa Cruz e Mahim.
"Resgatamos pelo menos 30 pessoas em Mahim e de 40 a 50 em Matunga", disse à Reuters A. Jhandwal, chefe do Corpo de Bombeiros de Mumbai. "Apagamos as chamas em todos os locais e agora estamos levando os feridos para os hospitais."
Uma emissora de televisão mostrou feridos perto do local de outra explosão, na estação de Khar. O premiê indiano convocou o ministro do Interior e outras autoridades para uma reunião de emergência para discutir sobre a violência. "É um dia triste", disse o secretário do Interior indiano, V.K. Duggal, a repórteres, antes do encontro. "A segurança foi definitivamente colocada em alerta máximo."
Sobreviventes confusos eram mostrados, pelas redes locais, com ferimentos nas pernas, cabeças e mãos na estação ferroviária, com poucos sinais de que havia ajuda de equipes médicas de emergência.
As explosões de Mumbai aconteceram horas depois que supostos militantes islâmicos mataram sete pessoas — das quais seis eram turistas —, em uma série de ataques com granadas na principal cidade da Caxemira, Srinagar, disse a polícia. Essa foi a maior série de ataques a civis em meses.