Intransigência ocidental divide Conselho de Segurança da ONU
A intransigência de Estados Unidos, França e Reino Unido dividiu esta semana o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em relação à discussão dos testes de m
Publicado 11/07/2006 11:21
Na segunda-feira o embaixador da China na ONU, Wang Guangya, divulgou um rascunho de declaração condenando os testes, mas sem mencionar sanções.
Os Estados Unidos, França e Reino Unido rejeitaram o rascunho de declaração, insistindo em apoiar a proposta de sanções criada pelo Japão.
Em 4 de julho passado a RPDC realizou testes com sete mísseis, irritando Estados Unidos e Japão. Um dos mísseis, segundo a mídia ocidental, tem poder para alcançar o Alasca e as ilhas Havaí, nos Estados Unidos.
A proposta de resolução que o Japão insiste em aprovar insiste na tese de que a Coréia do Norte é "uma ameaça à paz e segurança internacional", convocando o Capítulo Sete da carta da ONU. Resoluções tomadas sob o Capítulo Sete são legalmente obrigatórias e podem autorizar sanções ou mesmo ação militar.
China e Rússia, dois países com poder de veto no Conselho de Segurança, ponderam que usar uma resolução da ONU para impor sanções contra a Coréia do Norte seria irresponsável. Wang Guangya, o embaixador da China na ONU, disse que tal ação "poderia piorar ainda mais a situação" e que a China teme que a resolução poderia abrir caminho para uma agressão militar contra a Coréia do Norte.
Para Guangya, a melhor resposta inicial uma declaração do Conselho de Segurança pedindo que a Coréia do Norte pare com o desenvolvimento de mísseis balísticos e com seus testes.
A votação do Conselho de Segurança da ONU foi adiada por causa desse impasse. Segundo a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, o adiamento visa "dar apoio" às tentativas da China para diminuir a tensão na região. A China, aproveitando as comemorações do estabelecimento de relações entre os dois países, enviou autoridades para Pyongyang para estabelecer um diálogo. China, Rússia e Coréia do Sul já afirmaram que são contra sanções econômicas.