Governo brasileiro se mobiliza pela copa de 2014
O governo brasileiro deu o pontapé para iniciar a campanha para ser a sede da Copa de 2014. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luis Fernando Furlan, revelou ao jornal O Estado de São Paulo que irá levar ao presi
Publicado 11/07/2006 12:07
"O Brasil precisa atualizar sua imagem perante o mundo e a Copa seria um palco ideal para isso", afirmou Furlan, que confessou ainda não saber quanto esse projeto poderá custar.
A Copa ocorre apenas em 2014, mas a escolha da Fifa sobre a sede será feita em um ano e meio. Para 2007, portanto, o País já precisa de um plano concreto de como pretende organizar o evento. Pela regra da Fifa, o Mundial de 2014 deveria ocorrer na América do Sul para que fosse respeitada a rotatividade entre os continentes.
Entres os sul-americanos, já há um entendimento de que a Copa deve ocorrer no Brasil. Sepp Blatter, presidente da Fifa, deixa claro que gostaria de ver o Mundial sendo disputado no País, mas alerta que o Brasil precisa primeiro cumprir as exigências de construção de estádios e obras de infra-estrutura.
"Vou levar as idéias alemãs ao presidente Lula e o Brasil vai enfrentar de fato o desafio de se candidatar para sediar a Copa." Para conseguir montar um projeto para convencer a Fifa, Furlan conta que o governo quer estabelecer parceria com o Comitê Organizador Alemão. "Já iniciamos o debate", disse.
Outra iniciativa será a de estabelecer contatos com o Comitê Organizador da Olimpíada de Pequim de 2008. O objetivo será o de conhecer como um país em desenvolvimento está se preparando para organizar um evento mundial. "Os chineses estão se recolocando no mundo por meio das Olimpíadas."
Para Osvaldo Douat, um dos diretores da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a conta da Copa deve ser repartida entre o governo e o setor privado. Ele conta que a Associação Brasileira de Indústrias de Produtos de Base já começou a preparar um estudo do que será necessário no Brasil em termos de novas obras para conseguir receber a Copa.
"Sabemos que será uma grande oportunidade até para realizar investimentos que deveriam ocorrer no Brasil e que, com a Copa, serão antecipados. O governo precisa viabilizar a infra-estrutura e logística, enquanto hospedagem obviamente estará nas mãos do setor privado", disse. "Temos que levar ao Brasil já a experiência alemã", declarou Douat.
Com Agência Estado