Governo de SP diz que não sabe quem matou os policiais

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou neste domingo (9) não saber se os crimes do fim de semana contra policiais militares têm alguma relação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).  Dois PMs

Nos últimos dez dias, cinco funcionários de penitenciárias também foram executados. Suspeita-se que as mortes sejam obra do PCC, que organizou a primeira onda de assassinatos de policiais, entre os dias 12 e 15 de maio, articulada com uma rebelião coordenada nos presídios paulistas.

Dois meses sem inteligência

Entre 13 e 19 de maio, a polícia reagiu provocando entre 79 e mais de cem mortes, de pessoas qualificadas como “suspeitos de ligação com o PCC”. As rebeliões refluiram, segundo se comenta devido a uma negociação entre as autoridades estaduais e líderes do PCC que estão presos. Em seguida, caiu o secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa.

 

Porém não houve trabalho de inteligência. Passados dois meses, a nova onda de execuções provoca greves de protesto dos agentes penitenciários – a palavra-de-ordem é parar por 24 horas a cada funcionário morto. E os responsáveis pela segurança pública em São Paulo parecem tão ignorantes como em maio sobre o problema que enfrentam.

 

Os tiros dos atentados ricocheteiam e atingem as pretensões eleitorais dos tucanos paulistas. O candidato presidencial do PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, que governou o Estado até março, abre espaço para o tema em seu discurso de campanha  mas não sabe bem o que dizer. O postulante do mesmo bloco ao governo estadual, José Serra, desde maio finge que não é com ele, pois era prefeito e prefeito não cuida de segurança.

As propostas de Mercdadante

Já o senador Aloizio Mercadante, candidato a governador pelo PT-PCdoB, partiu para a ofensiva priorizando as propostas para enfrentar a crise da segurança pública.

 

"Não podemos aceitar que o crime organizado tome conta dos presídios e ameace a sociedade", disse. "Mas também não podemos permitir que as prisões se transformem em um campo de concentração, onde os presos não têm nenhuma perspectiva de recuperação."

 

Neste fim de semana,  Mercadante pediu a liberação de posse de arma para os agentes penitenciários no Estado. "Temos de fortalecer os agentes penitenciários, uma categoria que está totalmente exposta. Temos de dar apoio a uma categoria que tem o direito de se defender”, exigiu.

 

Mercadante também voltou a defender o fechamento da Febem – que chamou de "colégio do crime” – e a criação de um novo sistema correcional para jovens.  São Paulo é o único Estado a manter uma instituição nois moldes da Febem. O senador propõe ainda a separação de presos por grau de periculosidade e o isolamento dos líderes do crime organizado.

Com agências