Oposição ameaça reajuste de 5% dos aposentados
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, aproveitou a reunião desta terça-feira (4) com os aposentados para criticar a oposição, que corrigiu o valor do reajuste dos benefícios da Previdência de 5% para 16,7%. "Ele
Publicado 04/07/2006 17:14
Representantes das centrais sindicais – Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores,
Confederação Geral dos Trabalhadores e Central Autônoma de Trabalhadores – estiveram reunidos com os ministros do Trabalho e da Previdência Social, Nelson Machado, em Brasília. O encontro era para discutir o acordo firmado com o governo, que previa o reajuste de 5% para aposentados que ganham mais de um salário mínimo e as modificações feitas pelo Congresso Nacional, ampliando o reajuste para 16,66%.
Marinho reafirmou que o governo pretende cumprir o acordo com os aposentados e manter o reajuste de 5% para os que ganham acima do salário mínimo. Ele pediu que a sociedade preste atenção no comportamento de "setores" do Congresso Nacional. Para Marinho o comportamento de alguns parlamentares tem como único objetivo constranger o governo. "Eles estão se comportando com tensão pré-eleitoral", criticou o ministro.
Os representantes dos aposentados vão tentar convencer os parlamentares a validarem o
acordo feito com o governo em torno do reajuste de 5% para as aposentadorias e pensões acima do salário mínimo. A MP dos aposentados está para ser votada na Câmara dos Deputados e várias emendas elevaram o reajuste de 5% para 16,7%.
"É justo, mas não vamos levar", disse Eleno Bezerra, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e representante da Força Sindical. Ele se comprometeu a procurar os parlamentares, assim como o representante da CUT, Epitácio Luiz Epaminondas para defender o acordo e a garantia do reajuste de 5%.
Maiores prejuízos
O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, destacou que o reajuste de 5% concedido mediante acordo aos aposentados a partir do mês de abril poderá cair para 3,14%. Isso acontecerá, segundo o ministro, caso o governo seja obrigado a vetar toda a MP encaminhada ao Congresso Nacional e que reajusta as aposentadorias e pensões acima do mínimo em 5%.
Ele explicou que o governo não tem condições de arcar com essa despesa, que abrirá um rombo de mais R$7 bilhões na conta da Previdência Social. "Nossa preocupação é que a Câmara aprove um texto de tal jeito que a única opção seja o veto de toda a medida", explicou Machado. Nesse caso, de acordo com o ministro, volta a valer a legislação anterior, que prevê o reajuste apenas para manter o poder de compra dos aposentados, sem o ganho real de 1,8% embutido no acordo com os aposentados.
Com agências