PCdoB desafia FHC a fazer campanha para Alckmin
Publicado 29/06/2006 14:28
O presidente do PCdoB e um grupo de líderes comunistas, entre eles o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (SP), estiveram pela manhã com o presidente Lula, que não pode comparecer ao evento. Segundo Renato Rabelo, já no encontro, no Palácio da Alvorada, o PCdoB anunciou oficialmente a decisão do partido de se coligar formalmente com o PT.
Apreço e amizade
Durante o encontro, o presidente Lula também defendeu um mandato de cinco anos para Presidente da República, sem direito de reeleição. Renato Rabelo disse que existe uma preocupação de Lula em compatibilizar a tarefa de Presidente com a agenda de candidato, destacando que a reeleição foi "criação dos tucanos".
O mandato de cinco anos, sem reeleição, deve fazer parte da reforma política que, segundo Rabelo, será a primeira medida mais importante do presidente Lula se for reeleito. Essa é uma das proposta também do PCdoB, que enfrenta o desafio da cláusula de barreira nas eleições deste ano.
Segundo Renato Rabelo, "a cláusula de barreira é uma questão de parcial, não responde o problema da reforma política, porque ao enfrentar as questões de fundo com sistema de financiamento público e a lista pré-ordenada, não precisa de cláusula de barreira".
O PCdoB considera a exigência dos 5% de votos para a Câmara dos Deputados "um instituto antidemocrático, porque não afere de forma justa a representatividade dos partidos", explica Renato Rabelo. "É uma incorreção, enfatiza, acrescentando que "copiaram da Alemanha, onde o sistema é unicameral e parlamentarista; aqui não tem nada disso, no Brasil o sistema é bicameral e presidencialista, e a cláusula de barreira só considera os votos para Câmara dos Deputados".
A coligação formal do PCdoB com PT não atrapalha a luta pela superação da cláusula de barreira. Segundo Renato Rabelo, "a grande maioria das nossas alianças é com PT, e com o PSB e o PMDB, que não tem candidatos a presidente da República".
Balanço positivo
E avalia que ainda que "no nosso balanço, a aliança com o PT no conjunto do País foi e tem sido positiva para os dois partidos", destacando que "Brasília só não pode "entornar o caldo". E destacou as alianças feitas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
De Brasília
Márcia Xavier