Obrador propõe crescimento, emprego e bem-estar
O candidato de centro-esquerda e oposicionista à Presidência do México, Andrés Manuel López Obrador, resumiu suas propostas de governo em três palavras: "crescimento, emprego e bem-estar". E es
Publicado 27/06/2006 09:31
Na entrevista, Obrador disse ainda que, uma vez eleito, tentará ter uma boa comunicação com o presidente Vicente Fox para garantir uma transição estável da economia até 1º de dezembro, quando termina o atual mandato de seis anos. Mas disse que vai querer influenciar na elaboração do orçamento para o próximo ano. Ele prometeu ampliar para todo o país os planos de ajuda que colocou em prática quando foi prefeito (2000-2005) de Cidade do México. O Legislativo também será renovado nas eleições de domingo e assume em 1º de setembro.
O ex-prefeito aproveitou a oportunidade para desmentir as acusações governistas de que poderia desestabilizar a economia com seus planos sociais. Segundo a imprensa mexicana, as especulações estariam causando temores entre investidores. "Estão dizendo que vou endividar o país. Essa não é a nossa fórmula", disse. "Nosso projeto tem a ver com impulsionar as atividades produtivas e alentar o projeto do nosso país".
Nem Chapolim salvará Fox
Diante de milhares de simpatizantes reunidos no centro da cidade colonial de Morelia, cidade natal do seu principal oponente, o candidato governista Felipe Calderón, o ex-prefeito pediu para os habitantes não se deixarem levar pelo fato de serem do mesmo lugar que o adversário, mas sim optarem pelo melhor projeto. Morelia é a capital do estado de Michoacán, que está sendo governado pelo Partido da Revolução Democrática (PRD), de López Obrador. O governador local, Lázaro Cárdenas, é filho de Cuauhtémoc Cárdenas, fundador e líder moral do PRD.
Em seu discurso, López Obrador criticou também os meios usados pelo seu oponente, que recentemente incorporou personalidades, como Roberto Gómez Bolaños "Chespirito", conhecido por protagonizar as séries mexicanas "Chapolim Colorado" e "Chaves" – exportadas para muitos países, inclusive o Brasil – em sua propaganda. Com sua famosa ironia, López Obrador disse que "nem o Chapolim Vermelho" poderá evitar uma derrota do oficialismo nas eleições de domingo.
O demo venezuelano
O ministro venezuelano de Comunicação e Informação, William Lara, advertiu ser "ilegal" utilizar a imagem de um governante com fins políticos e eleitorais. Ele reiterou que seu país apresentará uma queixa formal baseada nos direitos internacionais contra o governo de Vicente Fox. A queixa alega que – assim como Alan García do Partido Aprista Peruano – o candidato presidencial mexicano pelo Partido Ação Nacional (PAN), Felipe Calderón, fez propagandas que demonizavam a imagem de Chávez.
Da Redação
Com agências.