Haiti: Cresce hostilidade de gangues às tropas brasileiras
As tropas brasileiras da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti (Minustah) estão enfrentando uma hostilidade maior das gangues locais, segundo o capitão-de-corveta Alberto Barbosa Nascimento, assessor de Comunica
Publicado 25/06/2006 13:04
O rompimento da trégua, de acordo com Nascimento, teria sido motivado pelo fortalecimento do novo governo haitiano, eleito em fevereiro, no combate às atividades ilícitas como venda de drogas e seqüestros. Como no mês passado o exército brasileiro passou a patrulhar a favela de Cité Soleil, uma das mais violentas de Porto Príncipe, os soldados também passaram a sofrer mais hostilidades. "É uma região que está sendo ocupada agora pelas tropas brasileiras e que ficou, por um longo período, sem a ocupação da polícia local", afirmou.
Para Nascimento, o aumento da violência nos últimos meses era esperado: "O comando do batalhão vê esse processo como algo normal e previsto, diante do fortalecimento do governo haitiano. Mas o contingente está preparado e o que tiver de ser feito será feito".
O oficial informou ainda que, neste ano, nenhum soldado brasileiro ficou ferido em operações no Haiti. Com 1.200 homens deslocados para o país caribenho, o Brasil comanda a força de paz da Minustah.