Negros são mais da metade dos bolsistas do ProUni
Mais da metade dos bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) que se inscreveram para o segundo semestre se autodeclararam negros. Das 13.898 reservadas aos negros, indígenas e pardos, sobraram apenas 425, cerca de 3%. Mas o ministro da
Publicado 21/06/2006 11:36
No caso dos índios, houve apenas 43 aprovados, bem menos que na seleção de 2005, que registrou 527. Haddad explica que houve mudança no modo de avaliação da declaração de raça, devido a queixas recebidas no ano passado. "Foi aberto um campo em que o autodeclarado indígena tinha que informar a língua e a região de onde provinha. Isso fez cair o número de selecionados". De acordo com ele, o procedimento foi adotado em comum acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio) e com os órgãos internacionais que lidam com o assunto.
O ministro informou ainda que a metodologia havia sido adotada no primeiro processo seletivo deste ano. "Isso foi feito para justamente inibir a autodeclaração de indígenas, já que é mais difícil de constatar, na presença da pessoa, se a informação procede ou não".
Independentemente da autodeclaração, todos os inscritos devem preencher alguns requisitos, como nota mínima de 45 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e renda familiar de no máximo R$ 525.
O ProUni oferece ao todo 47.059 bolsas em universidades particulares para o segundo semestre, das quais 93% foram preenchidas na primeira seleção – haverá outra. O governo já disponibilizou 138.668 neste ano e mais de 250 mil ao todo.
Com informações
da Agência Brasil