Morales e Kirchner assinarão acordo de compra e venda de gás

Os presidentes da Bolívia e da Argentina assinarão na semana que vem um novo acordo de compra e venda de gás natural no município de Hurlingham, onde reside o maior número de imigrantes bolivianos da província de Buenos Aires. Segundo o chanceler b

Segundo o ministro de Exteriores, os presidentes Evo Morales e Néstor Kirchner também assinarão, no dia 29, um projeto para a construção de uma ponte na fronteira e um convênio de cooperação migratória. Espera-se que quinze mil bolivianos e cerca de vinte mil cidadãos argentinos participem do ato em Hurlingham, afirmou Choquehuanca. Ele evitou revelar os detalhes do novo contrato de compra e venda de gás, como o volume e o novo preço.

 

Atualmente, a Argentina tem contratos assinados para importar até 7,7 milhões de metros cúbicos diários de gás a um preço de US$ 3,35 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica), que as autoridades bolivianas querem aumentar para US$ 5,5.  

 

O convênio, segundo adiantaram as autoridades bolivianas imporá restrições com o objetivo de que a Argentina não revenda o hidrocarboneto ao Chile, país com o qual a Bolívia não tem relações diplomáticas desde 1978, devido a uma disputa territorial. O chanceler chileno, Alejandro Foxley, qualificou esse tipo de posição com um dos "elementos hostis" que podem estragar o diálogo bilateral sem exclusões buscado por La Paz e Santiago.

 

Choquehuanca afirmou abertamente que essa era "uma preocupação natural do Chile", mas acrescentou que o gás boliviano é destinado a atender a demanda do mercado argentino. No entanto, disse que enquanto o conteúdo final do acordo energético boliviano-argentino não foi divulgado, "não se pode especular nada" a respeito, e deve-se esperar até a quinta-feira, dia 29.

 

Da Redação
Com agências.