Promotor pede pena de morte para Hussein
O "julgamento" promovido pelo tribunal instalado pelas forças de ocupação americanas contra o deposto presidente iraquiano Saddam Hussein e sete membros de seu governo seré retomado em 10 de julho, depois de o pr
Publicado 19/06/2006 13:07
A próxima audiência será dedicada à alegação da defesa. Jaafar al-Mussawi também pediu que outros dois réus – o meio-irmão de Hussein, Barzan al-Tikriti, e o ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan – recebam a pena capital.
Saddam Hussein e os sete ex-membros de seu governo são acusados de envolvimento na execução de 148 pessoas no vilarejo de Dujail, em 1982, após uma tentativa fracassada de atentado contra a vida do presidente deposto do Iraque.
Hussein exibiu um sorriso irônico ao ouvir a solicitação do promotor, que determinou que ele e os outros réus retornassem às aléias do tribunal.
A argumentação da acusação no processo que julga Hussein por "crimes contra a humanidade", que já dura oito meses, foi concluída nesta segunda-feira. Os últimos argumentos da defesa devem ser apresentados no dia 10 de julho. Depois disso, o painel de cinco juízes deve apresentar as sentenças contra os oito réus.
A promotoria acusa os réus de terem promovido um massacre contra civis inocentes, enquanto a defesa argumenta que a operação em Dujail foi uma resposta necessária à um atentado contra a vida do presidente do Estado e que algumas das supostas 148 pessoas que teriam sido mortas estão, na verdade, vivas.
A promotoria acusa os réus de terem promovido um massacre contra civis inocentes, enquanto a defesa argumenta que a operação em Dujail foi uma resposta necessária à um atentado contra a vida do presidente do Estado e que algumas das supostas 148 pessoas que teriam sido mortas estão, na verdade, vivas.
O processo contra Hussein e outro sete réus é alvo de críticas especialistas em direito, que denunciaram que o tempo de preparação dado à defesa foi menor do que o dado à acusação.Também acusam o tribunal de paradoxal , por ser realizado em meio à ocupação e às denúncias de massacres cometidos pelas tropas de ocupação americanas contra a população do país, como o de Haditha, quando Marines massacraram 24 civis indefesos por vingança.
O "julgamento" também está marcado pelo assassinato de dois advogados de defesa e pela renúncia de juiz-chefe em janeiro de 2006.
Com agências internacionais