Para Lula, Petrobras é o Ronaldinho da indústria brasileira

Aproveitando o clima de Copa do Mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a Petrobras ao jogador Ronaldinho. “Nós achamos que a Petrobras é tão grande, tão importante para o Brasil. A Petrobras é o filho que todo mundo gostaria de ter, ela é

O complexo, que será construído nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo, é uma parceria da Petrobras com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Grupo Ultra, para processamento de petróleo pesado brasileiro e produção de matéria-prima petroquímica e derivados. Serão investidos, segundo o governo, mais de R$ 6,5 bilhões no Comperj, que deverá gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos, durante sua construção. A previsão inicial é que o complexo comece a operar em 2012.

 Diante de um público de cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da organização, Lula também lançou o Centro de Ineligência de São Gonçalo (CISG), que irá formar mão-de-obra local para trabalhar no complexo. Dizendo que este será o maior centro de inteligência da América Latina, o presidente repetiu a importância da educação. "Eu fui o único filho de minha mãe que fez um curso profissionalizante. E por conta de ser o único a fazer um curso (…) consegui um emprego, entrar numa empresa melhor e hoje sou até presidente da República", disse.
Investimentos

Os investimentos bilionários da Petrobras e do grupo Ultra no maior complexo petroquímico da América Latina pemitirá ao país exportar resinas plásticas e evitará um déficit comercial de US$ 2 bilhões anuais. Hoje o Brasil importa anualmente cerca de 593 mil toneladas de polipropileno, polietileno, estireno, para-xileno e etileno glicol. A operação do empreendimento eliminará um déficit da ordem de 1,5 milhão de toneladas das matérias-primas para a produção de plásticos. "A parceria entre Petrobras e o grupo Ultra vai aumentar a produção do que importamos, o Brasil quer se tornar exportador", afirmou o presidente Lula, ao inaugurar a pedra fundamental da refinaria, em Iataboraí, e, depois, em São Gonçalo.

 Com o processamento de 150 mil barris de petróleo pesado por dia, a refinaria produzirá por ano 1,3 mil toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas de benzeno e 700 mil de para-xileno além de combustíveis. A tecnologia adequada fará com que o petróleo pesado substitua a nafta como matéria prima das resinas. Cerca de 30% do consumo de nafta no Brasil é importado pelas centrais petroquímicas.

Com agências