Ibope: Lula sobe 5 pontos, Alckmin estaciona
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu 5 pontos em relação a março, na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira (13). O candidato tucano, Geraldo Alckmin, voltou a registrar 19%. A pesquisa, com entrevistas
Publicado 13/06/2006 13:59
Alckmin obteve 19% das intenções de voto, mas, se o PMDB lançasse candidatura do senador Pedro Simon, que já está descartada, Alckmin cairia para 18%. Em março, ele também tinha 19%.
Segundo o diretor de Desenvolvimento da CNI, Marco Antonio Guarita, pelos dados da pesquisa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria já no primeiro turno das eleições.
A senadora Heloísa Helena, candidata do Psol, obteve 6%, e 5% no cenário que incluiu a candidatura de Simon. Sua situação eleitoral também permanece inalterada já que, em março, tinha 5%.
A pesquisa foi realizada com 2.002 entrevistas em 143 municípios. Nenhum cenário incluiu o nome do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, que, em março, obteve 14% das intenções de voto.
Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, Lula fica com 32% das intenções de voto, Alckmin, tem apenas 8% das intenções. Na pesquisa anterior, em março, Lula ficou com 27% das intenções e Alckmin com 4%. A senadora Heloísa Helena, candidata pelo Psol, manteve as intenções de voto em 1%.
A Pesquisa CNI/Ibope mostra que o presidente Lula venceria em qualquer dos cenários montados na hipótese de haver um segundo turno para a eleição presidencial. Se a disputa fosse entre Lula e Alckmin, o resultado apurado seria 53% a 29%. Na simulação entre Lula e Pedro Simon, seriam 60% a 15%. Contra a senadora Heloísa Helena, 57% a 21%.
Lula tem a menor rejeição
A pesquisa mostra que o Lula é o candidato com o menor índice de rejeição. Ele ficou com 28%, enquanto Alckmin obteve 34% de rejeição. Heloísa teve 36% e Simon 35%. O candidato do Prona, Enéas Carneiro, teve 60% de rejeição e o senador Cristovam Buarque (PDT) ficou com 29%.
A pesquisa ainda mostra que Lula é conhecido por 95% dos entrevistados, enquanto que apenas 53% afirmam conhecer "bem" ou " um pouco", o ex-governador Geraldo Alckmin. A pesquisa CNI/Ibope acrescenta que o resultado da simulação reflete o volume de exposição na mídia dos candidatos.
"O presidente Lula se beneficia, naturalmente, do espaço que ocupa na mídia e da comunicação das ações de seu governo", afirma o Ibope. Ainda de acordo com a pesquisa 51% dos entrevistados afirmaram que o presidente Lula foi o que apareceu com mais frequência na televisão, nos últimos dias, enquanto que 22% apontaram Alckmin como o candidato que mais viram na televisão, recentemente.
Avaliação do governo sobe 6 pontos
A pesquisa CNI/Ibope mostra que a avaliação do governo Lula apresentou "crescimento expressivo" em junho em relação à última pesquisa divulgada em março. O governo foi considerado ótimo/bom por 44% dos entrevistados, ante 38% em março. A avaliação ruim/péssimo caiu de 22% para 19%, enquanto a avaliação regular recuou de 39% para 36%. A pesquisa mostra ainda que a aprovação ao governo Lula subiu de 55% em março para 60% em junho.
O Ibopedestaca que o índice de aprovação do governo Lula está retornando ao patamar observado antes do início das denúncias sobre a existência do mensalão, em março de 2005. Naquela época, a aprovação ao governo Lula chegava a 58%.
A desaprovação ao governo Lula caiu de 39% em março para 34% em junho. A confiança no presidente subiu de 53% em março para 56% em junho, enquanto que o porcentual dos que não confiam no presidente caiu de 43% para 39% no mesmo período.
Criminalidade preocupa
A pesquisa CNI/Ibope mostrou que a recente crise da segurança pública em São Paulo produziu uma mudança importante na agenda de prioridades apontada pela população para o próximo presidente da República: cresceu, de 24%, em março, para 32% em junho, o número de entrevistados que mencionaram o combate ao crime organizado e a violência como a prioridade a ser estabelecida pelo próximo presidente, enquanto o item geração de empregos, que ocupa o primeiro lugar entre as prioridades, caiu de 58% em março para 53% em junho.
A pesquisa mostrou, ainda, que o item investimento em saúde e educação também caiu, de 41% para 40% no mesmo período, mas que continua em segundo lugar na lista de prioridades. Segundo a pesquisa, este item assumiu maior peso entre as camadas de maior renda e escolaridade.
A pesquisa mostrou, ainda, que 50% dos entrevistados avaliam que a situação da segurança pública, no Brasil, piorou nos últimos anos; 34%, que não se alterou e 14%, que melhorou.
O levantamento mostrou, também, que 36% dos entrevistados acham que o principal responsável pela segurança pública é o governo federal e 20%, os governos estaduais e 14%, os governos municipais.
Desemprego causa temor
A pesquisa mostra também que a população está mais otimista em relação ao comportamento da inflação nos próximos seis meses. Caiu de 42% em março para 36% em junho o número de entrevistados que esperam aumento da inflação, enquanto se manteve em 15% o dos que acham que ela vai cair e aumentou de 38% para 40% o dos que acham que a inflação não vai mudar nos próximos seis meses.
Por outro lado, a pesquisa indicou que aumentou a preocupação com o desemprego. Dos entrevistados, 45% disseram achar que ele vai aumentar no País, ante 42% registrados na pesquisa de março; o porcentual dos que acham que o desemprego vai diminuir caiu de 24% para 22% no período de comparação, enquanto o dos que acreditam que não haverá mudanças passou de 29% para 28%.
Os entrevistados não esperam, tampouco, grandes alterações na renda nos próximos seis meses. Segundo a pesquisa CNI/Ibope, 25% deles disseram achar que a renda geral vai aumentar, nos próximos seis meses e 20% que ela vai diminuir, enquanto 47% disseram não esperar mudança. Em relação à renda pessoal, 29% acham que ela vai aumentar; 13% esperam uma queda e 51% acham que não vai haver alteração na renda.
Com Agestado