Metade do gasto mundial com armas é dos EUA
Os gastos dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão ajudaram a aumentar as despesas militares no mundo em 3,5 por cento, alcançando 1,12 trilhão de dólares em 2005, revelou um estudo realiado pelo instituto Sipri, de Estocolm
Publicado 12/06/2006 15:11
Diversos países, incluindo Arábia Saudita e Rússia, beneficiaram-se do aumento nos preços de minerais e combustíveis fósseis para impulsionar seus gastos com o militarismo, disse o Instituto de Pesquisa para a Paz Internacional de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), em seu último anuário.
"Os EUA são responsáveis por 48 por cento do total mundial, seguidos à distância por Reino Unido, França, Japão e China, com 4 a 5 por cento cada", acrescentou o instituto sueco.
O relatório afirma que as despesas americanas estavam cerca de 80 por cento atrás dos ganhos em 2005. Gastos com armas representaram 2,5 por cento do produto interno bruto mundial em 2005 — ou uma média de despesas de 173 dólares per capita.
O aumento global nos preços de matéria-prima ajudou alguns países a gastarem mais com armamentos. "Isso se reflete particularmente na Argélia, Azerbaijão, Rússia e Arábia Saudita, onde o crescimento dos lucros com a exploração de gás e petróleo impulsionou as receitas governamentais e liberou fundos para despesas militares", acrescentou.
China e Índia também aumentaram os gastos. "Em termos absolutos, seus gastos atuais são apenas uma fração das despesas americanas. O crescimento nos gastos é largamente proporcional ao crescimento econômico dos países", afirmou o instituto.
Com agências internacionais