Método cubano poderá ser plano educacional universal
A Frente Internacional de Apoio ao método cubano de alfabetização e ensino “Yo sí puedo” (Eu posso, sim) propôs à Unesco reconhecer tal iniciativa como plano educacional universal.
Publicado 10/06/2006 16:39
Durante o Seminário Internacional sobre políticas e programas de alfabetização, foi entregue a representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, um dossiê com mais de dois mil assinaturas que apóiam tal sugestão. O novo método cubano para aprender a ler e escrever é aplicado com ótimos resultados em mais de 15 países, como ação concreta para encarar a falta de professores e o número gritante de analfabetos, que ultrapassa 771 milhões no mundo inteiro.
Com este método, Cuba contribui para a redução do analfabetismo, designadamente em áreas rurais, comunidades marginalizadas, populações indígenas e outros setores vulneráveis da população. Autoridades universitárias, intelectuais, jornalistas, camponeses, operários e organizações apóiam esse método científico e simples de alfabetização em massa, por meio do qual pode se atingir, em pouco tempo, um nível médio de instrução. Neste momento, mais de dois milhões de pessoas no mundo são alfabetizados através deste programa, o qual não só ensina a ler e escrever, mas também oferece a possibilidade de prosseguir estudos no ensino fundamental.
Reconhecimento
Até hoje, já foram alfabetizados 1.940.890 iletrados na Venezuela, no México, em Moçambique, no Equador e na Nova Zelândia. Tais resultados atestam o plano “Eu posso, sim”, com crescente reconhecimento internacional, como afirmaram no Primeiro Encontro de Ministros da Educação da Ásia, do Caribe e do Pacífico, realizado no passado 5 de maio, em Bruxelas. Os participantes deste evento sugeriram pôr em funcionamento programas de cooperação Sul—Sul no setor da Educação, como o cubano de alfabetização.
Da mesma maneira, tal programa está preenchendo a falta de professores, pois, em escala mundial, se precisa formar entre 15 e 35 milhões com a presença do professor, enquanto este método emprega meios audiovisuais. “Eu posso, sim” é um plano de inclusão social, que oferece aos excluídos as melhores ferramentas para lutar contra a exploração, visto que quem não aprender a ler nem a escrever, estará condenado à pior escravidão, manifestaram participantes em Havana.
A informação é da
agência Prensa Latina