Chineses preparam cúpula da Organização de Cooperação de Xangai
Terá lugar em Xangai, dia 15 de junho, a 6ª sessão da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO na sigla em inglês), afirmou Zhang Deguang, secretário-geral da entidade, numa coletiva à im
Publicado 08/06/2006 15:12
Zhang assinalou que a cúpula trata-se de uma sessão em homenagem ao 5º aniversário da fundação da SCO, bem como uma conferência regular dos chefes de Estado dos membros.
"Na reunião os países membros farão uma retrospectiva dos êxitos obtidos nos últimos cinco anos e de suas experiências acumulados nas atividades, bem como planejarão as metas de cooperação em diversas áreas e trocarão opiniões sobre as questões internacionais e regionais."
O secretário-geral revelou que a cúpula fará uma decisão sobre a construção do órgão, orientando uma cooperação ainda mais profunda nas áreas de segurança, comércio e humanitária.
Ao resumir as experiências obtidas nos últimos cinco anos, Zhang disse que a SCO registrou um desenvolvimento muito acelerado devido a três motivos principais: persistência em princípios e objetivos estipulados para a organização; não ter como alvo terceiros países ou regiões, nem fazer alianças; e aplicação de espírito pragmático. Ele enfatizou:
"Em vez de uma sala de bate-papo, a SCO dá importância desde o início ao espírito pragmático em busca de efeitos práticos." Na opinião de Zhang, a SCO não acabou, como havia sido previsto em um prazo de cinco anos, em virtude de que os membros do órgão insistem desde o início no "espírito de Xangai", o que reflete o objetivo e príncipio da entidade.
"Prestamos grande atenção ao espírito de Xangai e tratamos isso como uma fonte de coesão, que inclui nosso conceito comum de segurança, civilização e desenvolvimento. O espírito de Xangai é uma garantia de termos conhecido a prova severa da situação internacional e regional."
Referindo aos efeitos práticos conseguidos no comércio, Zhang Deguang afirmou que o SCO tinha formado uma conjuntura bancária, para financiar as obras de cooperação econômica. Será ainda criado na cúpula uma comissão industrial, ou seja, uma plataforma para aplicação das cooperações econômicas. Além disso, já foi posto em prática o empréstimo de US$ 900 milhões, apresentado pelo presidente chinês, Hu Jintao, na cúpula de Astana. Zhang salientou que os efeitos alcançado na cooperação econômica não podem ser avaliados apenas através de índices.
"Naturalmente, não podemos tratar como uma companhia quando avaliamos os êxitos da cooperação econômica, porque a tarefa principal da SCO é criar condições favoráveis ao desenvolvimento comum dos membros do órgão. Baseado nisso, devemos ponderar os êxitos econômicos em dois aspectos: um é criar conveniências para a cooperação da economia regional, outro é orientação nas obras concretas.
No que diz respeito à manobra conjunta anti-terrorismo, Zhang frisou que o combate ao terrorismo é um alvo importante e diretriz prioritária da entidade.
"Quero dizer de novo que tal manobra militar não é voltada para os terceiros países ou regiões. Esperamos que as organizações internacionais entendam nossa ação anti-terrorismo. Se não fizermos isso, a organizão não se tornará algo prático."
Quanto à afirmação em considerar a SCO como uma "Otan oriental", Zhang classificou-a como uma "acusação infundada".
"A SCO nunca aponta para países em desenvolvimento, tendo como diretriz a paz, cooperação, abertura e não-aliança. Ela não se transformará em um grupo fechado de política e militar em busca de conflitos, o que tem sido comprovado através da história."
Zhang finalizou que a SCO é um novo tipo de organização de cooperação regional, com um promisso positivo. Ele acredita que a entidade vai obter mais progressos ao longo do caminho.
Com informações da Agência Xinhua e Rádio China Internacional