Ato marcará os 35 anos do último contato de guerrilheiro do Araguaia com familiares
Na próxima sexta-feira (9) um ato para marcar os 35 anos do último contato do guerrilheiro do Araguaia, Cilon Cunha Brum, com seus familiares será realizado no auditório do Memorial do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, às 18 horas.
Publicado 04/06/2006 15:42 | Editado 04/03/2020 17:12
Cilon nasceu em São Sepé, em 1946, e foi um dos quatro gaúchos que participaram da Guerrilha do Araguaia, ocorrida no Sul do Pará, entre 1972 e 1975. Em 1967 foi morar em São Paulo, onde começou sua militância política. Lá trabalhava e estudava Ciências Econômicas na PUC paulista.
Em 10 de junho de 1971 fez seu último contato com a família, quando veio a Porto Alegre batizar sua afilhada Liniane. A partir desta data entrou para a clandestinidade, viajou para o norte do país e se incorporou às forças guerrilheira do Araguaia, onde desapareceu em dezembro de 1973. A lei nº 9140/95 o considerou oficialmente como morto, mas até agora continua desaparecido.
Na ocasião, haverá depoimentos do presidente do Acervo da Luta contra a Ditadura, João Carlos Bona Garcia; da mestra em História, Deusa Sousa, que, em sua tese, resgatou a história dos quatro gaúchos que desapareceram nas selvas do Araguaia defendendo a democracia e a liberdade do povo brasileiro contra a ditadura militar entre os anos de 1972 e 1975; da deputada Jussara Cony, do PCdoB, partido dos quatro guerrilheiros gaúchos; e de familiares de Cilon Cunha Brum.
Denise Campão