Em uma vitória do grupo defensor da candidatura própria, a convenção nacional da legenda mudou novamente de data. Marcada anteriormente para o dia 29 de junho, o grupo conseguiu antecipar a reunião para o próximo dia 11. A nova data já foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.
Depois de os governistas conseguirem aprovar a data do dia 29 para o encontro, na última Executiva Nacional da legenda, a ala encabeçada por Anthony Garotinho (RJ) e Pedro Simon (RS) conseguiu reunir assinaturas suficientes para a mudança. No total, um terço dos diretórios regionais assina o documento, representado nove Estados do País.
Assinaram o documento os presidentes regionais do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, do Rio Grande do Sul, Pedro Simon, de São Paulo, Orestes Quércia, do Espírito Santo, Marcelino Fraga, de Minas Gerais, Fernando Diniz, do Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka, do Acre, João Correia, do Mato Grosso, Silval Barbosa e de Santa Catarina, João Matos.
A mudança já provocou reação do grupo governista da legenda. O senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) afirmou que este é um direito da minoria, porém, assinalou que a convenção nacional deveria ser marcada com o aval da Executiva. Eunício ainda ironizou: "Se eles estão achando o dia 29 muito distante, vamos remarcar para o dia 30".
Na pré-convenção do partido, no último mês, a maioria dos correligionários decidiu por não sair com candidatura própria. A estratégia usada pelos governistas é adiar ao máximo a convenção, para com os problemas nos estados resolvidos, esvaziarem a reunião oficial.
O até então pré-candidato Anthony Garotinho, com dificuldades de decolar o seu nome, abriu mão da vaga para o gaúcho Pedro Simon.
Temer acha que não acredita mais em candidatura própria
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), admitiu nesta quinta-feira (1º) que o partido não lançará candidato próprio à Presidência. A informação é do jornal Folha de São Paulo. "Depois de conversar com lideranças do partido nos últimos dias, acho extremamente difícil agora manter a candidatura própria. Não dá mais. O que temos de fazer agora é prestigiar os nossos candidatos a governador, a senador e a deputado federal", disse Temer.
O dirigente peemedebista – tradicionalmente distante do governo Lula – fez um esforço para ressuscitar a candidatura própria na última semana. No entanto, concluiu que "a maioria do partido não deseja".
Fonte: Redação Terra