Paraná terá palanque Lula-Requião
Fabio Campana, um dos principais analistas políticos do Estado, escreveu em sua coluna desta última quinta-feira no Jornal Gazeta do Povo, a formação dos primeiros Comitês Suprapartidários. Confiram a coluna
Publicado 02/06/2006 08:35 | Editado 04/03/2020 16:55
Armata Brancaleone
Enquanto as oposições se afogam em dúvidas e pendengas, a armata brancaleone de Requião põe o bloco na rua.
Essa turma não está nem aí para a verticalização. Se puder, abre todos os comitês possíveis e imagináveis para o chefe.
Vejam só. Defensores da dobradinha Lula e Requião se encontram no próximo sábado, ao meio-dia e meia, no Bar e Café Pra Já, no calçadão da Kyocera Arena, do Atlético, para organizar o primeiro comitê suprapartidário desta temporada.
Militantes do PMDB, PC do B, e setores do PT confirmaram a presença. Ainda em caráter experimental, o movimento já produziu um site em ritmo de Copa do Mundo. O título da página é sugestivo: “A Seleção do Povão, Lula e Requião”.
Em outro território, empresários e militantes de extrações, aí incluídos tucanos e peemedebistas, misturam-se em projeto parecido. Querem a eleição de Requião, mas não querem a de Lula e por isso organizam o comitê Alckmin-Requião.
A idéia de alguns estrategistas de Requião é exatamente essa: manter a candidatura do chefe em todos os palanques. Há até um time que apóia Heloísa Helena, do PSOL, e que no Paraná fará campanha pela reeleição do governador. Sem esquecer que a indicação de César Benjamin para vice de Helena foi do próprio Requião.
Os estrategistas de Requião não pretendem limitar a campanha do chefe a uma trincheira presidencial. Querem abrir espaço em todos os arraiais, sem exceção. Requião se beneficia da verticalização sem cabeça para a disputa da República, como tudo indica que fará o PMDB.
Pode funcionar. Principalmente se as oposições continuarem a dar a sua contribuição fundamental para o sucesso do governador. Quanto mais demoram para erguer seus palanques, mais tempo dão a Requião e a sua tropa.