Em carta a Bush, Evo Morales pede ampliação de acordo

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu aos Estados Unidos a ampliação do acordo de preferências alfandegárias (ATPDEA), que vence em dezembro e representa para seu país uma receita de 500 milhões de dólares por ano.

"É fundamental o prolongamento de tais preferências alfandegárias para garantir a continuidade do fluxo de exportações a seu país e, assim, preservar as fontes de trabalho na Bolívia", destacou Morales em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Para Washington, "a extensão e a ampliação das preferências alfandegárias para a Bolívia não tem praticamente nenhum impacto porque elas não passam de 0,07% das importações totais dos Estados Unidos", lembrou na carta.

 

Morales destacou que os 500 milhões de dólares que a Bolívia registra anualmente com a exportação de têxteis, ouro e madeira ao gigantesco mercado norte-americano, representam quatro pontos do PIB boliviano de 9,3 bilhões de dólares e freiam os fluxos de emigrantes bolivianos pressionados pelo desemprego. "Para nosso país, o ATPDEA representa a possibilidade de nossas manufaturas chegarem a um de seus mais importantes mercados e a possibilidade de reduzir a migração de bolivianos por falta de emprego", escreveu Morales.

 

O presidente boliviano inclusive se declarou disposto a negociar um acordo comercial com Washington "que leve em conta o imenso desnível existente entre nossas economias, beneficiando sobretudo os mais pobres". Além disso, Morales lançou um apelo à Colômbia e Equador, também beneficiários do acordo de tarifas preferenciais, para que somem esforços nesta direção. "Estou otimista (no sentido de convencer a Casa Branca) porque já nos unimos com o Equador, que semana passada pediu publicamente a ampliação deste acordo sobre tarifas preferenciais", afirmou Morales.

 

 

Com agências