ONU: Crise no Timor Leste já fez 105 mil refugiados
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a atual crise no Timor Leste já fez 105 mil pessoas — incluindo 3 mil grávidas — deixarem suas casas e se tornarem refugiados internos. A ONU pediu que as agê
Publicado 01/06/2006 16:31
Dos 105 mil refugiados, 70 mil estão em campos provisórios instalados em diversos pontos da capital, Díli. O restante deixou a cidade. Ontem, a ONU, através de seu Alto Comissariado para Refugiados (ACNUR), atendeu a um pedido de ajuda do presidente Xanana Gusmão e enviou uma missão ao país com tendas, cobertores, conjuntos de cozinha e mosquiteiros, entre outros artigos básicos, para ajudar os deslocados.
Segundo o ministro do Trabalho e da Reinserção Social do país, Arsênio Bano, a prioridade no momento é o fornecimento de comida e água aos refugiados, mas existem outras preocupações importantes como as condições sanitárias, o fornecimento de abrigo e os cuidados com as grávidas e as crianças pequenas.
"Mesmo em tempos de crise, os bebês não deixam de nascer e precisamos assegurar que as mulheres grávidas recebam tratamentos obstétricos adequados", disse Hernando Agudelo, responsável o Fundo das Nações Unidas para Populações (UNFPA).
Sukehiro Hasegawa, representante especial do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, no Timor Leste lembrou, no entanto, que apesar dos problemas com os refugiados, as pessoas que não deixaram suas casas também precisam de ajuda, uma vez que os mercados da cidade estão fechados. Ajudar esses timorenses, segundo ele, é essencial para não aumentar ainda mais o número de deslocados.
Com agências internacionais