Rio terá centro de referência sobre pesquisas de tabaco
Foi lançada no dia 31 de maio, no Rio de Janeiro, a pedra fundamental do Laboratório de Análise, Pesquisa e Controle dos Produtos Derivados do Tabaco. Com a unidade, o Brasil será sede de um dos cinco centros de referência para controle e pes
Publicado 31/05/2006 20:02 | Editado 04/03/2020 17:06
Durante a cerimônia, o ministro da Saúde, Agenor Álvares, disse que a iniciativa vai tornar o país referência para toda a América do Sul e Caribe. "Queremos dispor de tecnologia para não depender de nenhuma instituição estrangeira para fazer esse trabalho. Além disso, será mais fácil fazer todo tipo de correção de rumos que forem necessárias dentro da regulamentação que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) terá que fazer", afirmou.
Atualmente, os derivados do tabaco são analisados por laboratórios estrangeiros, que cobram em média valores superiores a R$ 60 mil por consulta. Com a nacionalização das pesquisas, o ministro da saúde disse que vai ser possível garantir maior precisão aos resultados, comprovar a exatidão das informações que o fabricante insere nas embalagens do cigarro e melhorar a fiscalização interna.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em todo o mundo, cerca de 13 mil pessoas morrem diariamente por causa do fumo. No Brasil, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo aponta redução da população que faz uso do tabaco. Em 1989, 32% da população acima de 15 anos era fumante. Em 2003, esse percentual foi reduzido para 19%.
O ministro Agenor Álvares disse que todos os esforços serão feitos para que as obras comecem até o fim deste ano. O laboratório vai ser construído no Pólo de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, e é fruto de uma parceria da Anvisa com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O lançamento fez parte das comemorações do Dia Mundial Sem Tabaco.
Fonte: Radiobrás