Michelle condena repressão aos estudantes chilenos
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, expressou “indignação” com a onda de repressão policial que levou à prisão de 730 manifestantes secundaristas nas manifestações desta terça-feira
Publicado 31/05/2006 17:20
A presidente chilena, há dois meses no cargo, enfrenta a sua primeira crise com a repressão violenta à “Revolução dos Pinguins” – secundaristas que paralisaram as aulas e ganharam as ruas nos dois últimos dias. A repressão aos jovens, com dezenas de feridos, inclsive três repórteres, causou comoção no país e na imprensa.
“Não aceitaremos”
Michelle defendeu o trabalho da imprensa. “Temos manifestado nossa indignação com o sucedido, tanto aos jornalistas e câmeras como aos estudantes, que sofreram um excesso, um abuso, uma violência condenável e injustificável”, afirmou.
Ela também confirmou pessoalmente o afastamento do coronel. “Queremos que nossos carabineiros resguardem a segurança, mas não aceitaremos fatos condenáveis, como os que foram vistos ontem por todos os chilenos”, advertiu a presidente.
Manifestações “legítimas e positivas”
Sobre a onda de manifestações, que exige uma reforma educacional profunda, Michelle disse que as demandas dos estudantes “são positivas e legítimas”. E manifestou a esperança de que as conversações em curso, entre os líderes secundaristas e o ministro da Educação, Martín Zilic, cheguem a um acordo.
O presidente do Colégio de Jornalistas do Chile, Alejandro Guillier, também recebido por Michelle, disse que a entidade espera uma reparação “por danos morais e materiais”, causados pelos policiais. Ele solicitou também que os carabineiros passem a se submeter a uma autoridade civil, “para que desenvolva métodos de trabalho próprios de um Estado de direito e democrático”.
Com agências
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